não há o que temer.
o olhar é pra frente, pra frente, velha amiga.
o que ficou pra trás, com todo o bem e com todo o mal, acabou.
alguma mão insidiosa e cheia de poder abafou tudo
e não faz bem derramar lágrima alguma.
não há o que temer.
ponha no som aquela canção que te acaricia
mas que não te transporta para o passado
deixe disso que o ontem não existe mais.
façamos como o ônibus que atravessa o Rebouças
entre o claro do início e o do fim há um escuro no meio
mas ele simplesmente atravessa o túnel, e nós, seus gentis passageiros
agradecemos cheios de alívio.
o corte está feito e você deve saber isso
e até dia desses ainda procurava pela faca
mas agora, nesse exato momento abdico dessa busca
em miúdos, quero o corte e nada mais.
antes éramos uma mistura indiscernível
com todo o bem e com todo o mal
como os pontinhos de luzes na favela
misturados com a luz das estrelas do céu
indiscerníveis, à noite, mas de dia...
eis que chega o dia aqui
é dia, vou cantar
é dia, o sol brilha
é dia.
é esse clima, malandro....o negócio é sério, mas a gente vai brincando.
saudações.
domingo, 12 de abril de 2009
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Um comentário:
gente! é um carioca nato, já. rsrs
Achei lindo o que você escreveu sobre o que ficou para tras, sobre os cortes e sobre uma expectativa de futuro incerto. Muito bom!
..."entre o claro do início e o do fim há um escuro no meio". Fantástico! ;)
Beijos, Dudu! Saudações!
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