terça-feira, 29 de dezembro de 2009

ser belo sem caretice
falar a verdade sem tolice
e mais um ano sem sinusite

amém.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

faço parte daqueles que dizem 'oh, que belo céu'
figuro entre os quais, aqui e ali, ainda se dão mal
não estou entre os vencedores
mas me imagino entre mil conquistas

conto piadas bobas, extravagantemente infantis
mas não me faço de bobo, só me cansei de ardis

suspeito que os muito bobos são, de certa forma
veteranos cansados de prestar juramentos à uma bandeira.

não sei o meu lugar certo no mundo que me abarca
mas nem por isso dei de ficar triste, só não sei, só não sei.

domingo, 27 de dezembro de 2009

o ano está praticamente passado. essa foi a minha primeira experîência fora do meu estado. há 9 meses moro na cidado do Rio de Janeiro. aprendí muita coisa nesse tempo todo. passei por um inferno todo pessoal até entender essas coisas. mas passei. descobri limites e afinidades. diferenças e respeito. me vi sentindo o que os outros sentiam e da forma como os outros sentiam. por alguns instantes  perdi minha raízes, minhas referências e me vi imerso num mundo novo. quando estamos longe de casa tendemos a nos tornar mais conservadores, rígidos no nosso código moral, e ao mesmo tempo, tendemos a querer quebrar isso, por estarmos num canto novo, imerso em um outro cotidiano.
o ano está praticamente passado. de volta à família, ao familiar. vamos ver onde isso tudo vai dar. sei que há um paraíso me esperando, ele já se anuncia, ele já se insinua.
o ano está praticamente passado. e isso tudo é só o começo!

Saudações universais!!!

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

deixe o disco do roberto na portaria
tão logo eu me empolgue e pego.

os bares onde usualmente celebrávamos
faça o favor, tenha-os por inviáveis.

não se importe com meus amigos
eles até sabem se virar muito bem.

ponha-se no olho do furacão
e deixe a rua por minha conta.

Dessa forma, Carlos Pablito coleciona mais um desafeto, mais um em sua imensa lista.
Aproxima o fogo e o cigarro, bafora três vezes, e veloz diz:
-Calma, Pablito.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

me sinto bem
andando nas ruas
sozinho.

testando
essa incrivel
liberdade.

não sou só
nem sozinho sigo
caminho.

todos nós
sem sandálias
à vontade.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

metade do esforco ao se inventar uma nova cancao de amor reside no fato de não se conseguir abalar pelas que já existem.
e no entanto, nada como abalar-se pelas cançoes de amor que ja existem.
pois as cancoes de amor que ja existem nos alertam para o fato, inventado ou real, de que um ou dois corpos foram abalados.
e aqui estamos.

no contraponto das marés
no mirante da serra
de cara pro oceano.

e a manga pede
pano, pano, pano.


saudaçoes universais!!!

sábado, 5 de dezembro de 2009

feliz ou não.

acho que tudo pode ser compreendido por quem assim o queira.
mas tenho me sentido muito incompreendido de várias formas. por muito tempo, cerca de uns 4 a 5 anos procurei me inquirir profundamente o porque disso, de ser incompreendido. estaria em mim, nos outros? passei muito tempo me penitenciando achando ser comigo. depois penitenciei os outros, achando serem eles. tudo se mostrou inútil como o brilho das estrelas.

ouço tudo o que dizem de mim, se me soa repetido o que dizem, então finjo que ouço, proque me soa como aula de português no ensino médio. e você fica: "de novo!". de tanto saber algumas coisas você acaba esquecendo como faz. e de tão repetitivo, o esquema impede que você aprenda.

já me disseram tanta da coisa, e eu lá, ouvindo. fazendo o 2o ou 3o módulo do meu curso pessoal de "escutatória" (curso que o grande Rubem Alves sugere em seus livros); daí uma hora cansa! ouvi muito e processei um bocado, fiz meu caminho das pedras, e descobri umas coisas, coisas essas que me servem bem, pode ser que sirvam a você ou não.

descobrí uma força minha, bem pessoal, hoje me entendo mais que ontem e antes de ontem.ah, não se engane, isso num é um processo contínuo e progressivo, positivista, fase a fase. como isso se dá é um verdadeiro mistério, mas se dá.

descobrí essa minha força e seu ninguém tira ela de mim. muitos, pra te amarem, vão tentar te domesticar, te por na linha, e dentro dessa tentativa tem um monte de boas coisas, mas tem umas muito ruins.

incompreensão. quando você vai entendendo o seu próprio processo, o ir e vir das ondas desse mar pessoal, ai então você se torna indesejabilíssimo!!!

"como assim você está se entendendo? como asssim? mas isso parece sobre,super humano (e não é), não é possível. poeque você se considera melhor ou diferente de nós?"

daí a você sofrer uma série de incompreensões, é um pulo!mas acredite, me deito todo dia e essa força está lá, pronta, segura, como uma chama eterna, as vezes apagadinha, as vezes forte, mas sempre lá. e ninguém apaga, de forma nenhuma. no momento em que isso vira uma atitude de vida, você será rechaçado, quão mentiroso você é!

você ouvirá muitas coisas, elas entram e saem.porque o que está fora, um dia sai, mas o que está dentro, sempre retorna pra dentro.

não sei como sanar isso, mas já não me desespero, nem encaro com cinismo, nem deixo rolar à solta. sei que semrpe será dificílimo ser compreendido, porque também é difícil compreender.é dificil entenderem que você tem um projeto, quer desenvolver algo, fazer essa coisa crescer. é difícil.não me acho nem melhor nem pior que seu ninguém, mas se eu descobrí minha força, desculpa.

saudações universais.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Carlos Pablito e a vertiginosa sistemática das coisas.
o jeito então é dizer, dizer
pra não servir de dito.

o jeito então é rezar, rezar
pra não se fazer de rogado.
essas coisas levam tempo, precisam apurar
pra, dessa forma, não nos deixar em apuros.