quinta-feira, 31 de março de 2011

brigo por idéias, e mesmo assim, digo briga no sentido de discussão saudável.
fora isso, raramente briguei, fisicamente falando.
briguei na saida da escola "Patronato Souza Carvalho" com um amigo que me jurou  porque não gostou da rasteira que dei nele, detalhe, todos os garotos davam rasteiras uns nos outros, ele odiou mesmo foi ter sido pego desprevinido, logo ele, da turma do fundão, um dos fortinhos da sala, pego pelo franzino de cabelo liso e franja na cara. score: levei três socos, mas dei dois.
algo fez 'plin' na minha cabeça, pera ai, fisicamente não sou tão incapaz assim. isso foi na 3a série.

depois você cresce e suas palavras ficam pesadas como socos, você aprende a se defender com ironia, arrogância, às vezes, grosseria, palavrões, mesmo que você não goste deles, mas acredite, não saber usá-los quando devem ser usados pode ser uma fraqueza que vira e mexe vai te incomodar.

dia desses tive que brigar novamente, mas no esquema palavras-socos. por qual razão briguei?
não suporto arrogância, agressão física ou verbal à toa e os temíveis donos-da-razão. geralmente usamos esse termo 'dono-da-razão' apontando uma ironia, é aquela pessoa que mesmo errada, quer sair como certa...sempre.
algumas pessoas acham que sou um cara dono da razão porque brigo, discuto com veemência. mas não conto quantas vezes errei, voltei atrás no que disse, pedi desculpas por estar enganado.
mas dia desses tive que brigar com uma pessoa que simplesmente nunca acha que está errada, inventa fatos, cria realidades inexistentes, mas devido ao fato de saber lidar mt bem com as palavras consegue convencer as pessoas, ou fazer com que simplesmente deixemos pra lá.
dessa vez não deixei. falei, falei e falei. falaria mais.
e outra, a pessoa ainda por cima veste o fugurino de coitadinho com seu chá de camomila na mesa.
score pela interpretação: 0

pelas minhas contas há apenas duas pessoas cuja cara não quero ver nunca mais na minha vida. essa pessoa está inclusa definitivamente.

ponto final pelos seculum seculorum.

segunda-feira, 28 de março de 2011

"eu lhe asseguro, pode crer, que quando fala o coração
às vezes é melhor perder do que ganhar, você vai ver" (João Gilberto)

e essa excessiva busca pela beleza estonteante?
como faz?

que a beleza é o cartão de visitas mais comumente trocado pelas pessoas por aí não há dúvida. tem gente que capricha no cartão, mas capricha a tal ponto da cara e o crachá não baterem.
há essa excessiva busca pela beleza e essa estonteante necessidade de tornar-se belo.
antes de mais nada, não faço nenhuma campanha anti-beleza ou de embarangamento,ok? apenas estou apontando uma questão, por quê essa excessiva busca e estonteante necessidade...
a beleza não está apenas no olho, naquilo que podemos enxergar, um rosto lindo, corpo escultural, figurino impecável!...a beleza também está no olhar, no que aquele rosto lindo tem de intenções, como se mostra, no que aquele corpo escultural faz, nos caminhos que aquele figurino me aponta.

não vou tratar da beleza como um assunto acadêmico, acho longo, extenso e parcial e sobre o qual tenho parco conhecimento.

mas cá pra mim, tenho minhas teorias, e uma delas é que a busca excessiva pela beleza estonteante encobre uma desistência (in)consciente por parte da pessoa em procurar um alguém para amar.
algo como, 'já que não tenho amor, terei beleza ao menos'.
ela troca amor por beleza achando que está trocando seis por meia-dúzia, mas está é levando gato por lebre. em algum ponto do universo a beleza pode levar até ao amor, concordo, mas isso não é tão óbvio, não é um fato.
se eu procuro alguém com rara, rara beleza achando que daí surgirá um amor, estou tentando ganhar o prêmio maior da loto apostando um real. possível é, mas não é certo, nem líquido.
se eu procuro a beleza apenas eu estou desistindo de achar o amor. posso admirar a sua beleza, achá-la estonteante, desejá-la pra mim, querê-la em corpo, e esses são todos sentimentos fortes e bons de sentir, mas eles não são amor.
alguém já me disse que quem ama o feio, bonito lhe parece. essa frasezinha o que tem de calhorda e engraçada, tem de bela e profunda. é como se o implícito gritasse por detrás das palavras, 'se você quer mais beleza que outra coisa, vá a um concurso de misses [sic], lá há de se fartar pois é beleza tanta!'
essa confusão entre amor e beleza nos rendeu e rende boas páginas de romances, poesia tanta e vida tamanha, e nada iso pode ser desprezado.
mas suspeito que amor é quando conseguimos trocar seis por meia dúzia felizes de não termos lucrado nada, quando levamos gato por lebre, felizes de termos levado gato por lebre.


é esse o clima...

quarta-feira, 23 de março de 2011

o amor quando não vira passado é um tormento pro sujeito.

porque os amores precisam de um passado, precisam ser sonhados, perdidos e reencontrados.

como uma foto perdida na caixa de sapato, precisamos vasculhar, fazer cara de contrariado por não achar aquela foto que devido à umidade acabou colada a outra foto.

o amor que está nascendo é como uma música nova no repeat. demoramos horas até percebermos o quanto de tempo gostosamente gastamos  pra ouví-la. quando notamos ela ecoa em nossa mente e depois repousa eternamente em nosso coração.

o amor precisa de um passado, nem que seja arranjado no sahara, na 25 de março, no beco da poeira por dois tostões.

 mas não se engane, mesmo precisando de um passado, o amor nunca pode ser passado pra trás.

é esse o clima...

domingo, 20 de março de 2011

sabe o sujeito que fica dando uma de psicólogo?
você não pode contar qualquer incidente, qualquer e ele já acha a coisa muito 'sintomática' e arrisca interpretações da mesma forma que um goleiro treina penaltis...arriscando.
geralmente é um carinha das humanas (em especial da Letras, porque em sua maioria os estudantes de Letras acham que seus conhecimentos não são úteis, que Letras não tem nada de prático, daí que no meio de papos decidem arriscar interpretações à torto e à direito pensando que assim estão dando um caminho 'prático' ao que aprenderem nos estudos literários, ô raça!) que vem com esse papo mole.
caro colega (pois também sou da Letras)...mude de curso. vá para a psicologia e se farte, se lambuze por lá.
o sujeito metido a psicólogo é um pernicioso porque ele mistura o público e o privado. ele acha de fato que pode pegar um fato narrado, uma cena ocorrida (algo público) e transformar em diagnóstico psicológico (algo privado) sem a sua autorização!
acho isso grave.
pessoas assim conseguem transformar um sujeito qualquer num serial killer num estalar de dedos. geralmente esses carinhas metidos a psicólogos têm uma fluência muito boa, sabem cativar a atenção alheia e é muito comum terem suas opiniões ouvidas pela media res.

caso você caia nas graças de um desses carinhas, faça como eu faço...dê corda. se ele te transforma num homófobo, seja-o. se ele te faz um serial killer, faça aquele olhar de que já matou alguém, mas faça tudo isso com a intensidade e verdade de quem interpreta um personagem. Depois ria com seus amigos e mande esse carinha e sua corja pastarem, malandro.

sábado, 19 de março de 2011

não acredito, tal como os mais eufóricos pós-modernos, que não exista um intervalo entre realidade e ficção.
existe um intervalo histórico, que está aí. transpô-lo é como andar nu nas ruas, é possível, mas apenas isso, possível.

Prefiro imaginar que realidade e ficção são realidades imaginadas. Tem algo nsisso que me agrada...

Coomo diria a sábia Ivana...'edu,edu...'

rs.

ao som de 'carry that weight'

sexta-feira, 18 de março de 2011

Tom Jobim dizia que para se evitar um chato bastava por óculos escuros enquanto ele fala.
O chato, não suportando não ver os olhos do outro, acaba por perder interesse na própria chatice.
Demais isso.

Mas tenho pra mim que o chato é aquele sujeito que munido de certo grau de inteligência (o chato nunca é burro, ele brinca de se fazer de burro pra melhor passar...) demonstra incapacidade de compactuar com a ironia ou complacência do grupo no qual está temporariamente incluído (mesa de bar, sala de estar, ônibus, metro...) perante à vida .

Acredite, sob esse ponto de vista, todos nós podemos ser,ter sido chatos em algum momento, mesmo sem querer. Mas nesse caso, estamos perdoados. Foi um deslize.

O chato 'profissa' se esforça heroicamente pra sê-lo. O deslize dele é quando percebe que sua chatice não incomodou ninguém. Esforço jogado fora.
a energia que você desperta é impossível apertar numa palavra.

domingo, 13 de março de 2011

vai, dia
clareia
e anuncia
a xepa.

vai,dia
vadio eu,
e você
senhor.

vai,dia
senhora noite
já dispensa
teu favor.

vai,dia
porta aberta
e você aqui
de cera.

vai,dia
por hora
já caiu
tua estrela.
a gente assim sem um amor
é como uma guitarra encostada.
não faz som, pega poeira,
nem erra nem acerta o tom.

a gente assim sem um amor
é como um computador
bombeando bites e bytes,
nada que chegue ou baste.

a gente assim sem um amor
é como um saco vazio
jamais para em pé no canto,
é como soprano calada.

a gente assim sem um amor
é um desperdício de canção
solta sem freio na avenida,
isso é tudo, menos vida.
fui bastante criticado por admitir, admitir que não aceito bem as críticas pessoais.

calma, gente...

não gostar de crítica é a coisa mais normal do mundo, a mais humana, gostar de crítica é que revela um padrão um tanto quanto auto-punitivo.

lembre-se sempre que uma crítica é apenas a palavra do outro, mas supostamente revestida por uma aura de verdade que não está lá realmente, quer dizer, está se você assim quiser que esteja.

é porque inventaram essa coisa de que você não pode ouvir criticamente quem te critica, tem que ficar que nem menino de 6 anos na frente da professora que despeja cagaços a torto a direito...não.

discordo. todas as opiniões são passíveis de criticas, mesmo a opinião do criticante. a não ser que seja do seu agrado que ele-ela esteja certo. ai entramos em outra discussão...

lembre-se...onde há crítica há falta de diálogo constante.

saudações universais.
custe o que custar, mas esteja sempre perto de quem te faz crer que é possível.

sexta-feira, 11 de março de 2011

ela dizia, 'meu bem se vista assim, se vista assado', e isso o irritava e a mim também.
todos nós, estudantes universitários entre 23 e 27 anos, razoavelmente coerentes, sabíamos que homens e mulheres lidam de forma diferente com a aparência.
ele sabia disso e eu também. mas sua namorada não, 'meu bem, você se veste muito mal, eu me visto muito melhor que você, sinto vergonha no meio das pessoas, as vezes...'.
manda ela procurar um namorado que se vista igual a ela, eu dizia.
ao que me parece as mulheres gostam de ser notadas pela beleza que elas criaram sobre si. a roupa escolhida, o cabelo arrumado de forma tal ou tal, a maquiagem que ela usa...claro, o que está em jogo é a beleza geral que isso proporciona. aquela sensação de 'uau'.
um homem quer ser notado apesar da existência dessas coisas, por mais que ele 'se cuide', 'se arrume', nunca é tanto e quanto uma mulher (com rarísismas, mas existentes exceções).
foi então que disse, 'se ela não aceita seu lado ogro, dificilmente vai dar certo. vocês se tornarão rivais, ou então você vai ser um bonequinho que ela despe e veste à revelia de sua vontade'.
e ela transformou isso tudo numa questão de proporções gigantescas, algo como 'vista-se 'bem' ou...'.

esse meu amigo, que tanto foi esteticamente criticado pela namorada, cedeu um pouco tempos depois, mas achou aquilo tudo um saco. daí eles terminaram e mais adiante ele conheceu uma garota que disse, 'não mude nada em você, me apaixonei por você assim'.
ele chorou. não era um ogro, afinal. sua insistência em defender o próprio estilo frente à ex namorada valeu a pena.
eu ia dizer que os homens querem ser notados de dentro pra fora e as mulheres de fora pra dentro, mas desisti. não é por aí.


é esse clima aí, malandro.
pegue sua fome e transforme em fama.

quinta-feira, 10 de março de 2011

o amor quer ver seis trocados por meia dúzia eternamente.

quarta-feira, 9 de março de 2011

quem está de pé a essa hora?
ninguém, amigo.


a essa hora todos dormem ou estão embalados pelo mesmo carnaval que você estava.


e quem me entenderá com essa cerveja e esse beatles, que é tudo que me sobra no fim do dia...

beatles me sobra e me falta...

quinta-feira, 3 de março de 2011

certas coisas eu sempre defendo, nunca parei pra elencá-las, tentemos.

o direito de exercer sua própria individualidade;

o direito de reparar, refazer todas as merdas que fez;

a desconfiança quanto aos valores "positivos" como os melhores.

opto por exercer minha individualidade que, em certos momentos, pode entrar em conflito com a individualidade da outra pessoa. mas prefiro assim, até porque conflitos sempre acontecem, não há como despistá-los pra sempre.
exercendo minha individualidade não me torno um egoísta, como alguns supõem. imagine-se prensado contra uma parede, de forma leve no inicio até que a coisa vai ficando séria e você se vê prensado na parede. seu corpo ocupava um espaço maior, e agora ocupa um canto da sala, aquele espaço é tudo o que lhe sobra, isso é individualidade, menos que isso é nada,rs.
apenas quando tiram seu espaço até ele ficar minusculo é que você grita e diz: opa, tá sufocando. então não me venha com churumelas e dizer que individualidade é egoísmo, acho que afirmar o contrário é hiprocrisia, e aí entramos em outro problema...

refazer as merdas que cometeu.
todos temos esse direito e devemos exercê-lo. merdas todos fazem, não é isso que nos difere, nem nos faz melhor ou pior.
o que de fato nos difere é a capacidade de consertar a merda que fizemos. penso em quanta coisa disse e fiz de errado, algumas tentei remediar (as pessoas ajudaram e me permitiram fazê-lo, mas há casos em que a pessoa não te dá essa oportunidade), buscar uma solução apaziguadora pra mim e pra outra pessoa.
confesso que tenho dificuldade de permitir esse direito, quando me sinto muito magoado eu demoro até aceitar essa possibilidade.
ruim mesmo é quando a outra pessoa não se importa com a merda que fez.tá feita e deixa pra lá...

ah, "valores positivos"...compro a briga. mas essa só compro ao vivo, hehehe.

saudações univesais!

terça-feira, 1 de março de 2011

seguinte, é aqui que vou me perder!
Um bloco de rua que só toca Beatles em ritmo de carnaval!



SE alguém perguntar por mim, diz que fui por aí...