domingo, 30 de novembro de 2008

Tudo muda

Olá a todos

Esse blog inicialmente era um espaço pra desabafar sobre esse processo de feitura de um trabalho monográfico. Ok. Esse tempo já passou. Sou oficialmente graduado em Letras pela UECE e aluno do Mestrado em Literatura Brasileira pela UFRJ.

Foi uma fase difícil, o mundo não parou pra que eu resolvesse meus problemas, não mesmo. Tudo ficou bastante confuso. Hoje, passado o tempo, vejo e revejo e percebo que passar não resolveu nenhum problema (e de onde eu tirei a idéia de que resolveria...), e acumulo muitas solidões.

Passei muitos anos lutando contra a solidão. Aquele medo de ficar só, de não ter ninguém, de não frutificar um plano junto a outra pessoa. Continuo com medo, mas tem algo que, quando acontece, amadurece em segundos um pensamento e ação que estava estagnado,parado.

Essas coisas aconteceram. Meus amigos antigos não vêem mais o mínimo interesse em mim, em como sou agora. Não os interesso...e eu estou perdendo um a um. Isso já aconteceu, e lembro que simplesmente deixei acontecer, sem intervir. Eu havia prometido a mim mesmo agir diferente agora, lutar por eles, algo assim. Já estou revendo essa posição, ambas as posições...nem deixar correr, nem intervir a favor...alguma outra opção deve haver...e eu estou à procura dela.

O que interessa é que hoje eu olhei pela janela, as lágrimas vieram ao ponto, mas as barrei. Não vale mais a pena chorar. Chorar resultou inútil...Drummond...apenas me bateu uma sem-vontade de me doar às pessoas...de não sentí-las, não querê-las...não todas...mas uma boa e cara parte.

Não quero mais ser vulnerável a essa parte, nem me sentir culpado pelas coisas feitas, não quero viver essas culpas. Atravesso uma fase que está fora de tudo o que pensei pra esse momento...sinto que é hora de um profundo,lento e paciente silêncio. Hora de um olhar afiado, preciso, e hora de acreditar no que sinto, no que penso.

A hora é de silenciosa construção, arquitetada com muitas penas, choros, ranger e vela preta, transformado, transmutado em algo novo. Um novo alguém.

Beijos eternos e saudação fraterna.

sábado, 27 de setembro de 2008

Esteja aí.

Oi vocês..que "vocês" nada, quem lê isso?
rssssss

Tô no Rio de Janeiro.Muito em casa, estudando, afinal são 3 coisas distintas a se estudar:

1. Seleção do Mestrado em Literatura Brasileira pela UFRJ]
2. Projeto pra seleção da UFMG
3. Monografia da Graduação

Fiz e passei na 1a prova da UFRJ, com uma nota muito baixa, infelizmente...mas tem a arguição do projeto, lá acho que consigo fazer a nota subir um tanto...mas de qualquer forma será pouco...fico querendo me cobrar, mas agora já foi, é pensar na arguição...espero que os fantasmas disso não me atormentem por muito tempo...

O tempo anda frio e curto por aqui, cada dia é uma ampulheta na minha frente. Creio que a monografia já está andando, e até o começo do mês já terei uma parte considerável dela pronta, e de quebra o projeto pra seleção da UFMG, pois ambas são sobre o emsmo tema: Mac. e Der. Consegui o livrinho "A escritura e diferença", achei que ele seria mais necessário dentro do contexto da mono, mas, por enquanto, está sendo meio de adorno, por enquanto...

Acontece comigo: as idéias que mais preciso são as que aparecem por último...demoram, demoram, mas sempre chegam...mesmo que o caminho até lá seja bem escorregadio.

As horas tem que render daquipra sexta, tudo tem que correr quanti e qualitativamente bem...essa tem em ensinado que nada está escrito, pronto, e que expectativas se desmantelam tanto quanto são mantidas...pagar pra ver onde vai dar...é a teoria mais aceitável, a mais cara no exato momento.

Cuidado, muito cuidado com a monogafe...ela está por aí, esteja você aí ou não!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Domingo pé-de-cachimbo...

Ontem passei o dia tentando entrar na mono, mas sempre algo me distraia. Às vezes coisas bestas, às vezes coisas bem legais. Conversei um tempão com uma amiga pelo telefone. Daí quando resolvo começar a escrever me vêm uma dor de cabeça filha da mãe. Vou lá na farmácia, compro um Sonridor, passou. Quando sento em frente ao pc, sou requisitado para um papo d.r, foda.

Só fui começar a me debruçar sobre a mono 19 hs do domingo. Num era bem assim que tinha projetado o meu "dia de estudo", mas de qualquer forma foi bem produtivo, não foi quantitativamente como que queria, mas qualitativamente perto do que eu desejava. Tudo ainda muito no começo. A concatenação das idéias estão muito "hard" ainda, o pensamento trava em alguns pontos e o texto num flui. Mas faz parte, o importante é não parar frente ao caos, é construir algo, nem que seja um meio tijolo, com um meio tijolo.

Não é fácil, Macunaíma é um livro bem escorregadio, quando você pensa que o captou, mais uma lacuna a preencher.

Hj continuo com a escrita da mono e leitura do d. . Leitura inicial, diga-se de passagem, pois terei que reler tudo novamente. Além disso, estou aqui às voltas com a possibilidade de passar pra segunda fase da UFRJ (Mestrado). Devo saber o resultado por esses dias, e, paralelamente, tenho que reunir material teórico sobre 30 obras, ler, fazer esquema de abordagem, e fazer tudo isso na pura expectativa de "talvez" passar pra segunda fase, pois o tempo é extremamente curto.

Tenho menos de 10 dias pra reunir o material da UNESP pra mandar também. Sabe-se lá, né?

"Eu vou na onda que mais longe me levar"!

Espreitado pelo fantasma da mmmmonogafe!!!!

sábado, 13 de setembro de 2008

Um pneu é um pneu e um fds é só um fds...

Muito bem!

Vejam só como são as coisas...

Desde o início da semana tentei ler e avançar na escrita da mono, mas por motivos de ordem familiar (rs) não deu certo. Abria um livro, o telefone tocava; ia em direção ao computador e minha mãe me chamava pra fazer algo (importante realmente); saí de casa pra conseguir ler, onde quer que chegasse sempre havia alguém fazendo barulho.

Quando percebí que iria ficar sozinho no fds, vibrei!
Finalmente vou conseguir ter paz pra fazer isso.Que nada, me chamam pra beber!
Convite irrecusável. Mas o diabo da mono não saía da minha cabeça, pena, pois é de lá mesmo que ela tem que sair!

Cá estou, sábado, sozinho, não pq fui deixado, mas por opção. Terei o resto do sábado e todo o domingo pra avançar com essa mono. Espero na segunda ter um apanhado de folhas pro qual eu olhe e diga:
Taí, parece até um texto, de longe!

Acho que isso acontecerá. Tem que acontecer. Minha orientadora deve estar desenganada de mim, pois faz semanas que não a vejo, não dou notícias, não apareço pra ser orientado. Mas ela entenderá que, na vida de um orientando, tudo acontece ao mesmo tempo agora. É família, é namoro (fim de-), é falta de bibliografia, falta de contato com teorias que vêm a calhar pra mono, enfim.

Esse fds tem algo de triste. Hoje acontece o show do Paulinho Moska, artista a que sou mui afeito. Não estarei lá. Enquanto ele estiver cantando Lágrimas de Diamante ou Idade do Céu, eu estarei debruçado sobre livros, de cara pro notebook, fumando um cigarro na janela, tomando um café. O importante é que as músicas estarão em mim.

Hoje tento destrinchar as idéias de papel, máquina e texto-máquina, e ainda quero puxar uma aproximação entre o d. e m. no tocante à escrita desestabilizante. Acho que avanço bem hoje, afinal, chegou o Farmácia de Platão (Derrida).Putz, o livro é bem fininho mas foi 28 pilas!

Agora é cuidar do almoço, Nissin pra que te quero!!!

A todos, cuidado com a monogafe.

P.S: Este post é dedicado a todos que passam pela mono como uma experiência, forte, desestabilizante, que mete medo, mas ao mesmo tempo encanta.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Se houver gafe, monogafe e seja feliz!

É isso aí!

Último semestre de Letras: Monografia.
Sei que muitos deixam pra pe(n)sar isso só no fim do curso mesmo. Tentei fazer diferente, faz uns 3 semestes que sabia exatamente o que queria fazer e como.
Ainda sei o que quero fazer, mas o "como" mudou radicalmente.
Precisei,sabe.
As coisas que lia num me satisfaziam mais, o modo como eu estava escrevendo também não, minhas idéias pareciam estapafúrdias. Resolvi mudar tudo.

Continuo querendo trabalhar Macunaíma, mas sob outro viés, através do maluco do Derrida. Pense na encrenca em que me meti! Aqui em Fortaleza num se consegue absolutamente nada , nenhum livro dele, pela net são poucos, esgotados e demoram milênios a chegar. Fora isso, tenho que ler aí umas 150 a 200 páginas por dia pra ver se consigo entender direito as idéias dele pra aplicar à Macunaíma.

O cara é massa, o Derrida, mas dispersou as idéias dele em uma porrada de livros, ou vc tem eles, lê, cruza as reflexões ou vc num vai entender bulhufas de nada. Pra entender direitinho esse filósofo, teríamos que emendar alguns de seus livros uns nos outros, retirar alguns capítulos, colocar outros, enfim, refazê-los em uma "ordem"...tudo o que ele não queria....rsssss

Ler, tentar entender e proximar Macunaíma e o desconstrucionismo, essa é a minha meta, se é que se pode chamar de meta, já que a desconstrução num é nem sistema, nem prática, nem um método. Mas é isso que me interessa, esse "pairar" que me chama atenção.

Mas a vida não é só ler e tentar escrever uma mono.
No entanto, minha vida é bem isso agora. Claro, é apenas um momento. Não é eterno, mas devo vivê-lo, agarrá-lo agora. Depois, depois...

Poxa, já me sinto mais leve. Tirei das costas ou um quilo de plumas ou de chumbo, escolha.

Fica o alerta de sempre:

Cuidado com a monogafe!