Saberia dizer com muita propriedade do que falta, do que não está, daquilo que se mostra ausente, justo pelo fato desse ausente se mostrar como recoberto por uma aura, aquilo que foi, e que, se foi bom, não pode ser mudado. Isso nos enche de respeito pelos nossos próprios sentimentos.
Saberia discernir com muito juízo e clareza sobre os meus sentimentos. Mas não custa lembrar, falar sobre uma coisa é falar por cima dela, do lado dela, embaixo dela, falar como se fosse algo externo."Oi, sentimento, tudo bom?". Falar sobre algo nunca é falar desde esse 'algo', como se de dentro dele nós deixássemos sair uma fala, a mais sincera, pois não estávamos falando sobre algo, mas de dentro de algo.
Te disseram que ia ser fácil ,ou pior, você estava se preparando todo pra algo indescritível, algo que não dá pra prever?
Seja bem-vindo.
Mas trago algo em mente, uma frase que me diz muito no seu perfeito silêncio e na dose de 'fé' necessária pra proferí-la...."E eu continuo acreditando que no final tudo vai dar certo"
Vai, porque um dia olharemos pra tudo isso e tudo isso será passado, recoberto pela mesma aura que sempre reveste aquilo que passou. O que dá pra mudar é o presente, é dentro dele que não podemos nos perder, afastar-nos de quem amamos, impossibilitar os acontecimentos. O passado é uma ficção perfeita, o presente a grande sacada.
beijasso.
sábado, 18 de abril de 2009
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2 comentários:
há momentos na vida em que uma distância incomoda e sábia nos separa daquilo que gostaríamos de ter e de viver. aí a gente tenta elaborar os sintagmas e os paradigmas que sirvam no tamanho do nosso desejo de explicar e possuir aquilo que não podemos ter.
entender que nem sempre é possível é ter respeito pelos próprios sentimentos.
tudo que você disse sobre acreditar que no final tudo pode dar certo é tão bonito que meu texto se envergonha diante do seu...
saudações, monkey man!
"É bom olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer/ É bom olhar pra frente, é bom nunca é igual/ Olhar, beijar e ouvir, cantar um novo dia nascendo" [Nando Reis]
acho que esse foi o post que mais gostei. por diversos motivos. vc está muito 'linguagem', hein? hehe! falar da coisa é só margear a coisa, nunca é ela própria. isso aí. boa sacada. o passado é ficção perfeita. ou imperfeita também, mas ficção.
Viva o presente, Dudu. Viva aos que conseguiram chegar até aqui. Beijos.
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