nada é mais aconchegante do que ter uma canção em mente
quando é usual mudarmos de certezas constantemente.
uma âncora que não pesa
uma ânfora que não vaza.
sei que essa nova canção irá se diluir em pouco tempo
e uma outra virá para lhe ocupar o bendito lugar.
uma tampa que não veda
uma vela que não rasga.
em bem pouco tempo o sentimento também escapa
e uma outra canção será a bola na caçapa.
uma cola que não prega
um prego que não mata.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
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Um comentário:
qualquer música que traga /
um sopro, uma brisa, um ar /
na dança volúvel da incerteza
[plagiando Fernando Pessoa]
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