faz algumas semanas.
sensação de estranheza.
nada muito apartado do que já senti outras vezes. vez em quando me bate essa estranheza de estar habitando a terra, e, ao piscar de olhos, marte.
tudo assume uma estranheza regular.
o bom dia sai estranho, as passadas se desencontram e tropeço em obstáculos invisíveis.
pedras, pedrinhas, pedregulhos inobserváveis me descopassam a caminho do mercado.
o abraço sai enviesado, a tentativa de ser trivial falha, as palavras se enrolam.
os protocolos, meus deus, foram todos pro espaço.
hoje, feito ontem, procuro inspirar uma plenitude, esse aerosol contra toda a ânsia, com força e de uma vez só.
mas não é essa a posologia.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
ontem fui ao cinema tentar assistir 'a música segundo tom jobim', mas tudo que consegui foi comprar o livro 'ho-ba-la-la, à procura de joão gilberto', à venda na ante-sala do cinema.
um livro sensível e delicado de um fã [alemão] que, mesmo sabendo ser joão um misantropo, queria que ele tocasse a canção ho-ba-la-la em seu violão. e só.
nada mais. sem fotos. sem videos, sem paparicagem.
trata-se de um relato real, ele, de fato, veio ao rio tentar tal proeza, e como fã, foi tateando devagarzinho uma forma de chegar junto, sabedor de que seu ídolo é avesso a contatos com outras pessoas que não sejam miucha, otávio terceiro, cláudia e lulu.
ele vai desfilando um olhar tão profundo sobre a musica do joão, olhar que o autor, marc fischer, aprendeu com um oriental também fã de joão. [aliás, a galera oriental adora villa-lobos e bossa-nova...].
muitas vezes, por não gostar de ficar me explicando, não sou capaz de demosntar a profundidade e a carga que a música do joão carrega, a não ser tentando demosntrar, o que fica parecendo muito piegas e auto-promocional também.
confesso que chorei.
quando ouço joão é como se escutasse uma voz que sempre anseia por plenitude, uma perfeição absoluta que inunda tudo. romântica, por excelência, tenta encher a si e a quem ouve de uma sensação de absoluto.
um sentimento de que a música não pode ser menos do que seu corpo todo pede. do que sua existência lhe grita.
confesso que me identifico muito com joão. uma identificação que só me veio muito tarde. identificação que veio não pela fama de gênio ou isso e aquilo, veio porque eu ouvi e me deixei ser abalado.
necessidade de aceitação e irascibilidade costumam andar juntas. chamam arrogância o resultado disso.
já disse pra amigos e pessoas a quem deposito um traço de confiança que as pessoas me cansam, não sei bem se porque não as suporto ou as amo demais, mas me sinto exausto na presença delas, como se fosse demais pra mim, beleza demais, demais vividez, muito pulso e pulsação. o que encanta e cansa.
comentei com tais pessoas que meu grande sonho é poder viver afastado de todos, tendo a opção de vê-las quando quisesse e pudesse e o coração suportasse. daí ontem lí essas palavras de marc sobre joão, e, honestamente, chorei na ante-sala do cinema:
"Dizem que odeia tanto as pessoas que não consegue suportá-las.
Dizem que ama tanto as pessoas que não consegue suportá-las"
um livro sensível e delicado de um fã [alemão] que, mesmo sabendo ser joão um misantropo, queria que ele tocasse a canção ho-ba-la-la em seu violão. e só.
nada mais. sem fotos. sem videos, sem paparicagem.
trata-se de um relato real, ele, de fato, veio ao rio tentar tal proeza, e como fã, foi tateando devagarzinho uma forma de chegar junto, sabedor de que seu ídolo é avesso a contatos com outras pessoas que não sejam miucha, otávio terceiro, cláudia e lulu.
ele vai desfilando um olhar tão profundo sobre a musica do joão, olhar que o autor, marc fischer, aprendeu com um oriental também fã de joão. [aliás, a galera oriental adora villa-lobos e bossa-nova...].
muitas vezes, por não gostar de ficar me explicando, não sou capaz de demosntar a profundidade e a carga que a música do joão carrega, a não ser tentando demosntrar, o que fica parecendo muito piegas e auto-promocional também.
confesso que chorei.
quando ouço joão é como se escutasse uma voz que sempre anseia por plenitude, uma perfeição absoluta que inunda tudo. romântica, por excelência, tenta encher a si e a quem ouve de uma sensação de absoluto.
um sentimento de que a música não pode ser menos do que seu corpo todo pede. do que sua existência lhe grita.
confesso que me identifico muito com joão. uma identificação que só me veio muito tarde. identificação que veio não pela fama de gênio ou isso e aquilo, veio porque eu ouvi e me deixei ser abalado.
necessidade de aceitação e irascibilidade costumam andar juntas. chamam arrogância o resultado disso.
já disse pra amigos e pessoas a quem deposito um traço de confiança que as pessoas me cansam, não sei bem se porque não as suporto ou as amo demais, mas me sinto exausto na presença delas, como se fosse demais pra mim, beleza demais, demais vividez, muito pulso e pulsação. o que encanta e cansa.
comentei com tais pessoas que meu grande sonho é poder viver afastado de todos, tendo a opção de vê-las quando quisesse e pudesse e o coração suportasse. daí ontem lí essas palavras de marc sobre joão, e, honestamente, chorei na ante-sala do cinema:
"Dizem que odeia tanto as pessoas que não consegue suportá-las.
Dizem que ama tanto as pessoas que não consegue suportá-las"
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
'você dá a impressão que estará sempre lá, independente do que houver'
temos que trabalhar isso aí, eduardo, pois essa ingênua impressão pode sugerir que não há limites para sua paciência. e sempre há um.
um grande amiga, um antigo amor me disse isso. e o que os amores antigos dizem a gente deve, pelo menos, prestar certa atenção.
temos que trabalhar isso aí, eduardo, pois essa ingênua impressão pode sugerir que não há limites para sua paciência. e sempre há um.
um grande amiga, um antigo amor me disse isso. e o que os amores antigos dizem a gente deve, pelo menos, prestar certa atenção.
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