terça-feira, 6 de julho de 2010

quando fazemos caretas
parecemos outra pessoa
além das que já parecemos
costumeiramente.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

não tenho medo do presente, pois é onde estou e de onde dificilmente sairei.
do futuro, mesmo não sabendo quase nada, ainda acho encantador.

[quando criança, não tinha medo de me perder, soltava da mãos dos meus pais, o desconhecido me mete muito, muito pouco medo]

o que me congela, teso em meus calcanhares é o passado. é a sombra pesada e insidiosa do que já fui, e continua em mim sendo, e que não pode ser mudado. do que disse, do que fiz, do que ousei, do que pensei e não fiz. tudo isso me mete medo e me acorda umas duas vezes durante a noite.

[lembro quando criança que eu queria crescer logo pra saber como era o mundo dos adultos. já adolescente eu queria preservar a criança em mim com medo de crescer]

o passado me vem à cabeça como a maior das ressacas de uma das mais belas noitadas.

domingo, 4 de julho de 2010

existe uma grande questão aqui.
quando nosso relacionamento não vai bem e o fim se aproxima, vacilamos e reconsideramos, muito por medo de errar, damos um desconto ao outro e a nós mesmos.
mas quando acaba aí se implanta um terror. não sabemos se vai dar certo com outra pessoa, porque nossos erros ficam muito evidentes nessa hora, ficam muito expostos e não sabemos onde isso vai dar.
é bom quando as coisas fluem, mas nem sempre fluem.
...
depois de tanto tempo me pergunto:

como faz quando as coisas não fluem de jeito algum?

sem clima, malandro.

sábado, 3 de julho de 2010

eu estou aqui
na espera
no aguardo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

o tempo não avisa,
pede benção e segue em frente.
...quem fala assim não gagueja.