segunda-feira, 5 de julho de 2010

não tenho medo do presente, pois é onde estou e de onde dificilmente sairei.
do futuro, mesmo não sabendo quase nada, ainda acho encantador.

[quando criança, não tinha medo de me perder, soltava da mãos dos meus pais, o desconhecido me mete muito, muito pouco medo]

o que me congela, teso em meus calcanhares é o passado. é a sombra pesada e insidiosa do que já fui, e continua em mim sendo, e que não pode ser mudado. do que disse, do que fiz, do que ousei, do que pensei e não fiz. tudo isso me mete medo e me acorda umas duas vezes durante a noite.

[lembro quando criança que eu queria crescer logo pra saber como era o mundo dos adultos. já adolescente eu queria preservar a criança em mim com medo de crescer]

o passado me vem à cabeça como a maior das ressacas de uma das mais belas noitadas.

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