sabe quando você se sente consumido por uma espera?
eu estava assim nesses dias, mas passou.
agora consumo tempo em estado bruto.
era a crença de que tudo isso passaria que me alimentava
quando eu em sentia um tanto quanto desconsolado.
agora, de maos lavadas, me sinto bem confortável.
domingo, 31 de outubro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
meu começo aqui no rio foi bastante complicado.
uma cidade nova, o rio de janeiro, com sua beleza e o seu caos.
comas pessoas novas, diferentes que travavam no 'hã' a cada nova vez que eu falava algo.
sotaques diferentes, hábitos diferentes, uma vontade de me misturar a tudo e todos...mas tive que mastigar com muita calma tudo isso.
a verdade é que bem aos poucos as coisas estão acontecendo, e a cada dia me sinto mais próprio disso tudo.
é esse o clima!
uma cidade nova, o rio de janeiro, com sua beleza e o seu caos.
comas pessoas novas, diferentes que travavam no 'hã' a cada nova vez que eu falava algo.
sotaques diferentes, hábitos diferentes, uma vontade de me misturar a tudo e todos...mas tive que mastigar com muita calma tudo isso.
a verdade é que bem aos poucos as coisas estão acontecendo, e a cada dia me sinto mais próprio disso tudo.
é esse o clima!
terça-feira, 26 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
eu gosto desse instante, desse minuto em que nada está previamente dado, mas há uma promessa no ar.
promessa de bons ventos, gratas novidades.
eu gosto desse instante em que osso vira ouro e que só depende do meu gesto.
você olha pros lados e não sabe o que te acontecerá, mas não tenha medo porque é esse o instante em que tudo acontece e de onde você pode tirar a sua casquinha.
viva o instante do improvável.
promessa de bons ventos, gratas novidades.
eu gosto desse instante em que osso vira ouro e que só depende do meu gesto.
você olha pros lados e não sabe o que te acontecerá, mas não tenha medo porque é esse o instante em que tudo acontece e de onde você pode tirar a sua casquinha.
viva o instante do improvável.
sábado, 23 de outubro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
Carlos Pablito passa desavisadamente as folhas do álbum de fotografias,
foto a foto e nada disso lhe causa nenhuma sensação, nenhuma.
mas o coração acelera e o sangue para numa foto,
não adianta abrir e fechar a porta,
o passado não vem, não entra nem sai.
Carlos Pablito olha e pensa, tudo poderia ser diferente.
Podia o caramba Pablito, não pode mais.
Mas sente como se tudo pudesse se remediar
mediante um gesto.
O passado gasta você no presente
e você só pode pensar:
-Porra, Pablito, mais uma vez você fudeu tudo!
Esse é Pablito e com ele devemos ter calma.
Calma, Pablito...
foto a foto e nada disso lhe causa nenhuma sensação, nenhuma.
mas o coração acelera e o sangue para numa foto,
não adianta abrir e fechar a porta,
o passado não vem, não entra nem sai.
Carlos Pablito olha e pensa, tudo poderia ser diferente.
Podia o caramba Pablito, não pode mais.
Mas sente como se tudo pudesse se remediar
mediante um gesto.
O passado gasta você no presente
e você só pode pensar:
-Porra, Pablito, mais uma vez você fudeu tudo!
Esse é Pablito e com ele devemos ter calma.
Calma, Pablito...
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
essas coisas passam. não adianta o peso, a força
eu demoro a entender esse rio passando.
hoje tive saudades dos meus pais. da minha rede
de tomar café no dudas e sonhar. dos meus amigos.
sentí saudade de convites inesperados
das bagunças edificantes.
mas nem tudo está perdido
abriremos a barriga do lobo e de lá retiramos todo nosso passado
essas delicadezas não percorrem mais cem metros rasos
agora não há tempo pra isso, mas sempre há tempo
de relembrar, que é a outra forma de sentir.
tocaremos violão numa praia, ao redor de uma fogueira.
eu demoro a entender esse rio passando.
hoje tive saudades dos meus pais. da minha rede
de tomar café no dudas e sonhar. dos meus amigos.
sentí saudade de convites inesperados
das bagunças edificantes.
mas nem tudo está perdido
abriremos a barriga do lobo e de lá retiramos todo nosso passado
essas delicadezas não percorrem mais cem metros rasos
agora não há tempo pra isso, mas sempre há tempo
de relembrar, que é a outra forma de sentir.
tocaremos violão numa praia, ao redor de uma fogueira.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
poucas coisas fazem sentido
e faço pouco de muitas das coisas que poderiam fazer sentido.
eu sou assim
deixo pra mais tarde. eu adio.
não há nada mais palatável que um prazer adiado.
é preciso deixar as coisas acontecerem num mundo paralelo
lá onde o gozo mora nas possibilidades, deixar isso vir dos ossos, chegar na carne, saltar da pele
e por fim brotar no olho.
e faço pouco de muitas das coisas que poderiam fazer sentido.
eu sou assim
deixo pra mais tarde. eu adio.
não há nada mais palatável que um prazer adiado.
é preciso deixar as coisas acontecerem num mundo paralelo
lá onde o gozo mora nas possibilidades, deixar isso vir dos ossos, chegar na carne, saltar da pele
e por fim brotar no olho.
sábado, 9 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
alguém já me perguntou porque falo mais de objetos do que de pessoas.
respondi que é porque a sensação de ser uma pessoa você já conhece, mas a de ser um objeto ainda não.
claro, fui pessimamente interpretado, tido até por arrogante.
como você reagiria ao ser chamado de algo que você não acha que é?
eu caí na risada.
é esse clima aí, malandro...
respondi que é porque a sensação de ser uma pessoa você já conhece, mas a de ser um objeto ainda não.
claro, fui pessimamente interpretado, tido até por arrogante.
como você reagiria ao ser chamado de algo que você não acha que é?
eu caí na risada.
é esse clima aí, malandro...
terça-feira, 5 de outubro de 2010
ontem dei um soco na parede.
porra, finalmente a merda das coisas "começam" a fazer sentido.
ca-ra-lho!
aleluia senhor por eu ser brasileiro e poder falar palavrões em português, que é a melhor lingua do mundo pra se xingar!
que vontade de chutar um balde, derrubar uma porta...gritar na cara do mundo, como já diria alguém...
...
um olhar mergulhado em cinismo, sorriso irônico de canto de boca também servem.
paredes, baldes e portas agradecem...
porra, finalmente a merda das coisas "começam" a fazer sentido.
ca-ra-lho!
aleluia senhor por eu ser brasileiro e poder falar palavrões em português, que é a melhor lingua do mundo pra se xingar!
que vontade de chutar um balde, derrubar uma porta...gritar na cara do mundo, como já diria alguém...
...
um olhar mergulhado em cinismo, sorriso irônico de canto de boca também servem.
paredes, baldes e portas agradecem...
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
a política é uma bagunça e você não se conforma, mas deveria.
nosso sistema político é democrático.
duas coisas caracterizam bem a democracia:
1. a alternância de poder, do contrário seria uma autocracia, uma ditadura...
2. a possiblidade da intervenção popular, pelo voto, no caso.
ora, os políticos integram partidos políticos que se guiam por esse ou aquele ideal nobre ou não.
todos eles se unem perante um centro de poder, assembléia, congresso, essas coisas onde tentam 'emendar' as aspirações e necessidades de cada partido.
partidos.
partidos.
quando criança, minha mãe me ensinou que uma vez partido o vaso jamais ficaria igual ao que era antes.
partido
partido.
ou você se conforma com isso ou procura um outro jeito de viver.
nosso sistema político é democrático.
duas coisas caracterizam bem a democracia:
1. a alternância de poder, do contrário seria uma autocracia, uma ditadura...
2. a possiblidade da intervenção popular, pelo voto, no caso.
ora, os políticos integram partidos políticos que se guiam por esse ou aquele ideal nobre ou não.
todos eles se unem perante um centro de poder, assembléia, congresso, essas coisas onde tentam 'emendar' as aspirações e necessidades de cada partido.
partidos.
partidos.
quando criança, minha mãe me ensinou que uma vez partido o vaso jamais ficaria igual ao que era antes.
partido
partido.
ou você se conforma com isso ou procura um outro jeito de viver.
uma mão no rosto,
o rosto no espelho,
um olhar desconfiado,
um suspiro ligeiro.
o que tem passado?
o tempo.
há quanto tempo?
o tempo inteiro.
o castanho do olho
não é tão mais ligeiro
que as contas do rosário,
que o terço inteiro.
o que tem passado?
o tempo.
há quanto tempo?
o tempo inteiro.
esboço um sorriso
mais metade que inteiro
passo ao largo disso
ao invés de passar no meio.
o rosto no espelho,
um olhar desconfiado,
um suspiro ligeiro.
o que tem passado?
o tempo.
há quanto tempo?
o tempo inteiro.
o castanho do olho
não é tão mais ligeiro
que as contas do rosário,
que o terço inteiro.
o que tem passado?
o tempo.
há quanto tempo?
o tempo inteiro.
esboço um sorriso
mais metade que inteiro
passo ao largo disso
ao invés de passar no meio.
sábado, 2 de outubro de 2010
vice-versa
me deixe assim bem ordinário,
não sou de muito proveito.
você sabe, eu passo rápido
muito rápido do doce ao azedo.
do latim ao esperanto assim;
do cítrico ao amadeirado também;
do venha vosso o nosso reino ao amém;
do início ao pronto do fim.
eu consumo e assumo
mas só sumo se você
tergiversar como só
você sabe.
sábado.
me deixe assim bem ordinário,
não sou de muito proveito.
você sabe, eu passo rápido
muito rápido do doce ao azedo.
do latim ao esperanto assim;
do cítrico ao amadeirado também;
do venha vosso o nosso reino ao amém;
do início ao pronto do fim.
eu consumo e assumo
mas só sumo se você
tergiversar como só
você sabe.
sábado.
o que me falta é um interlocutor.
aquele das horas imprecisas, quando a madrugada bate o seu rológio.
que simplesmente conversemos, ao som de beatles, fumando um cigarro ou bebendo vinho barato.
um interlocutor é uma personagem abstrata, bastante real na trama que lhe compõe
mas um tanto quanto irreal nesse chão acre e por vezes onduloso a que chamamos de realidade.
como eu queria que você se juntasse a mim no coro que entoa
'a realidade não é tudo'.
mas você tem medo porque desde a infância o quintal do outro é o quintal do outro.
é bonito mas não é feito pro seu pé.
e agora, como faço?
se tudo é poesia, desde os modernos, então me faça uma
me dedique uma lua que despenca
essas coisas.
a vida é feita de quê?
você pode seguir em frente sem essa resposta
mas esse texto não.
aquele das horas imprecisas, quando a madrugada bate o seu rológio.
que simplesmente conversemos, ao som de beatles, fumando um cigarro ou bebendo vinho barato.
um interlocutor é uma personagem abstrata, bastante real na trama que lhe compõe
mas um tanto quanto irreal nesse chão acre e por vezes onduloso a que chamamos de realidade.
como eu queria que você se juntasse a mim no coro que entoa
'a realidade não é tudo'.
mas você tem medo porque desde a infância o quintal do outro é o quintal do outro.
é bonito mas não é feito pro seu pé.
e agora, como faço?
se tudo é poesia, desde os modernos, então me faça uma
me dedique uma lua que despenca
essas coisas.
a vida é feita de quê?
você pode seguir em frente sem essa resposta
mas esse texto não.
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