dia desses ouvi de alguém que eu tenho potencial pra ser lider, porque eu falo de forma sugestiva e envolvente.
vá lá, claro que fiquei envaidecido com o comentário. sorri e tudo, mas...não, não tenho potencial pra ser lider.
lembro que quando tinha 16 anos resolvi entrar no teatro, incentivado pela minha namorada, que tinha quase 18, pra perder a timidez e tal.
ela dizia, você pode ser diretor de teatro, dai que não precisa se expor, mas antes você tem que fazer uma peça como prova.
eu ia na onda. queria conhecer o mundo e ainda mais com uma excelente guia...fui. descobri que, honestamente, é bem mais dificil ser diretor que ator, se você não fez teatro não imagina!
descobri que dentro do teatro eu queria ser ator, não diretor, nem dramaturgo (posição que estou repensando nesses últimos meses) nem nada...ator. estar no palco. porque o lugar dos timidos é no palco e não fora deles. já gastamos toda nossa vida fora dos palcos.
apesar de me agradar o palco, a cena, a exposição no palco, não tenho tino de liderança.
por exemplo, quando entro em sala de aula, como professor, me é natural quebrar o protocolo, sentar e papear com os alunos, dar aula assim, sem muita cerimônia, não sei respeitar muito esses limites.
mas, você pode se perguntar, o que tem a ver a tarefa de ator e professor com a coisa da liderança?
e eu respondo, acho que muito.ambos exercem um poder, não estão nas coxias, estão em cena, se expondo, sendo alvo de olhares. o lider também, com a sensivel diferença de que ele, o lider, não cria.
por isso, eu jamais lideraria nada em minha vida.
sábado, 30 de abril de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
sábado, 9 de abril de 2011
uma amiga topou roteirizar um conto meu.
depois disso vamos ver como transformá-lo em filme.
fiquei muito feliz por vários motivos.
o mais óbvio, ter meu conto transformado em filme...hehe
depois, uma amiga, colega de teatro topar isso.fazer o roteiro e dirigir.
nessa semana tb recebi a noticia que dois artigos meus vão ser publicados.
e o original do meu livro de poesia vai entrar na fila do processo de editoração.
queria, e batalharei pra isso, que meus talentosos amigos tenham seus trabalhos reconhecidos, pois eles merecem!
...
e essa amy nos meus ouvidos. porque vc me toca tanto?
depois disso vamos ver como transformá-lo em filme.
fiquei muito feliz por vários motivos.
o mais óbvio, ter meu conto transformado em filme...hehe
depois, uma amiga, colega de teatro topar isso.fazer o roteiro e dirigir.
nessa semana tb recebi a noticia que dois artigos meus vão ser publicados.
e o original do meu livro de poesia vai entrar na fila do processo de editoração.
queria, e batalharei pra isso, que meus talentosos amigos tenham seus trabalhos reconhecidos, pois eles merecem!
...
e essa amy nos meus ouvidos. porque vc me toca tanto?
quarta-feira, 6 de abril de 2011
lembra de ontem?
pois é, hoje talvez seja igual, possível que seja diferente e muito.
aos poucos aquilo que você fez e disse vai se esvaindo, caindo no seu próprio esquecimento, pois não há sentido em apegar-se às circunstâncias.
elas, as ciscunstâncias, passam, fluem com uma normalidade que não somos capazes de vislumbrar no presente momento. você disse asneiras, fez asneiras (claro, entendo que teve suas razões de fazê-lo...), mas tudo isso passa. algo fica.
esse algo que fica está para além ou aquém dessa sistemática das certezas ou dúvidas, certo ou errado.
esse algo inominável, que quando nominamos perde toda a potência e eficácia, está mais para um respiro fundo, um sorriso de auto-complacência e se guir caminhando.
as coisas assim como foram ontem podem não ser hoje.
o amor que magoou, hoje, presentificado em um outro alguém, pode resultar em felicidade.
as pequenas grandes atitude de convivência podem adquirir maior eficácia e prazer.
essencial, diria, é não culpar-se de tudo, nem eximir-se de tudo.
é esse o clima...
pois é, hoje talvez seja igual, possível que seja diferente e muito.
aos poucos aquilo que você fez e disse vai se esvaindo, caindo no seu próprio esquecimento, pois não há sentido em apegar-se às circunstâncias.
elas, as ciscunstâncias, passam, fluem com uma normalidade que não somos capazes de vislumbrar no presente momento. você disse asneiras, fez asneiras (claro, entendo que teve suas razões de fazê-lo...), mas tudo isso passa. algo fica.
esse algo que fica está para além ou aquém dessa sistemática das certezas ou dúvidas, certo ou errado.
esse algo inominável, que quando nominamos perde toda a potência e eficácia, está mais para um respiro fundo, um sorriso de auto-complacência e se guir caminhando.
as coisas assim como foram ontem podem não ser hoje.
o amor que magoou, hoje, presentificado em um outro alguém, pode resultar em felicidade.
as pequenas grandes atitude de convivência podem adquirir maior eficácia e prazer.
essencial, diria, é não culpar-se de tudo, nem eximir-se de tudo.
é esse o clima...
sábado, 2 de abril de 2011
Acabei de voltar do evento Cidade aTravessa na livraria Travessa no Rio de Janeiro.
O evento consistia em ouvirmos alguns poetas lerem seus poemas e ao fim, uma palestra bem livre com Affonso Romano Santana e Jorge Mautner.
Vamos lá!
Poetas chatos, de poesias chatas, qualidade baixíssima, colegiais. Aos 15 eu e muitos outros já escrevíamos daquele jeito e já achavávamos meio bobão...
Alguns deles são até respeitados acadêmicos como o Evando Nascimento (tradutor de Derrida no Brasil), mas me perdoe, sua poesia é sofrível, cerebral em excesso!
Teve um lá que disse que iria recitar seus poemas....Poeta que fala que vai recitar merece ser jubilado da vida poética.
Outro, derrubou o microfone, leu um texto que devia até ter algum sentido, mas ele fez questão de cagar o pau. Ficou uma merda. Gritos e onomatopéias teatralmente execráveis. Rimos por/de contrangimento.
Teve mais um que esperou palmas desde o primeiro poema lido, mas foi tão mal lido, que ele precisou ler uns 5 pra baterem palma. O fim foi quando um rapaz ao meu lado estava pegando um sachê de açucar e aproveitou pra bater o sachê na palma da outra mão como se fosse uma palma, a mais insossa e sem graça do mundo.
Resultado: se você é poeta, mas não sabe apresentar seu poema ao público ao vivo, chame alguém que saiba!...pelo bem da sua poesia. Quem inventou essa história de que o poeta é o melhor intérprete de seu poema? Geralmente é ele mesmo o primeiro a estragar tudo!
Escrever o poema e apresentá-lo são coisas totalmente diferentes. Mas, vaidadade, vaidade e vaidade, porque é cool admitir-se vaidoso, e piegas ser humilde e querer subsumir-se em sua poesia, sumir pra dar lugar a ela.
Hoje foi a concretização de todas essas falhas.
Os poetas, todos eles já bem consagrados, com livros lançados, esgotados, aparecem em cult, bravo e afins, estragaram seus poemas. Eu preferia que tivesse me dado cópias impressas pra eu mesmo ler.
Como diria um amigo, se você vai nadar em mar aberto, antes treine na piscininha de plástico em casa, amigão!
Ridículo!
Fiquei pensando, eu esperava mt mt mt mt mt mt mt mt mt mt mt mt mt mt mt mais dos poetas sudeste. Se aquilo é uma espéce de supra-sumo, posso asseverar, o suco e laranja azedou, jogue fora e faça outro.
O único que se saiu bem foi um cara do designer gráfico que levou o livro "A divina comédia" em código I-nigma, um troço meio louco, mas legal...opa!!!...Algo estranho no ar. Quando um cara da Publicidade arranca aplausos e chama a atenção num evento de POESIA.
Ih,...algo não vai bem no mundinho das Letras.
O que salvou foi a palestrinha do Afonso e do Mautner, leves, de boa, atenciosos, responderam às perguntas de frente, e deixaram claro, a poesia é esse troço que a gente pode pensar e pensa, mas também sente, tem que sentir. Lembraram o fato de que uma pessoa acometida de Alzheimer jamais esquece uma poesia aprendida na infância, mesmo esquecendo todas as outras informações.
Gostei disso.
Não espero que nem o Afonso, nem o Mautner revolucionem a poesia, isso é um lance que envolve a galera contemporânea. Mas eles fizeram exatamente o que se esperava deles, levantaram pra gente gente cortar!
Burro, muito burro quem não sacar!
É esse o clima, malandro!
O evento consistia em ouvirmos alguns poetas lerem seus poemas e ao fim, uma palestra bem livre com Affonso Romano Santana e Jorge Mautner.
Vamos lá!
Poetas chatos, de poesias chatas, qualidade baixíssima, colegiais. Aos 15 eu e muitos outros já escrevíamos daquele jeito e já achavávamos meio bobão...
Alguns deles são até respeitados acadêmicos como o Evando Nascimento (tradutor de Derrida no Brasil), mas me perdoe, sua poesia é sofrível, cerebral em excesso!
Teve um lá que disse que iria recitar seus poemas....Poeta que fala que vai recitar merece ser jubilado da vida poética.
Outro, derrubou o microfone, leu um texto que devia até ter algum sentido, mas ele fez questão de cagar o pau. Ficou uma merda. Gritos e onomatopéias teatralmente execráveis. Rimos por/de contrangimento.
Teve mais um que esperou palmas desde o primeiro poema lido, mas foi tão mal lido, que ele precisou ler uns 5 pra baterem palma. O fim foi quando um rapaz ao meu lado estava pegando um sachê de açucar e aproveitou pra bater o sachê na palma da outra mão como se fosse uma palma, a mais insossa e sem graça do mundo.
Resultado: se você é poeta, mas não sabe apresentar seu poema ao público ao vivo, chame alguém que saiba!...pelo bem da sua poesia. Quem inventou essa história de que o poeta é o melhor intérprete de seu poema? Geralmente é ele mesmo o primeiro a estragar tudo!
Escrever o poema e apresentá-lo são coisas totalmente diferentes. Mas, vaidadade, vaidade e vaidade, porque é cool admitir-se vaidoso, e piegas ser humilde e querer subsumir-se em sua poesia, sumir pra dar lugar a ela.
Hoje foi a concretização de todas essas falhas.
Os poetas, todos eles já bem consagrados, com livros lançados, esgotados, aparecem em cult, bravo e afins, estragaram seus poemas. Eu preferia que tivesse me dado cópias impressas pra eu mesmo ler.
Como diria um amigo, se você vai nadar em mar aberto, antes treine na piscininha de plástico em casa, amigão!
Ridículo!
Fiquei pensando, eu esperava mt mt mt mt mt mt mt mt mt mt mt mt mt mt mt mais dos poetas sudeste. Se aquilo é uma espéce de supra-sumo, posso asseverar, o suco e laranja azedou, jogue fora e faça outro.
O único que se saiu bem foi um cara do designer gráfico que levou o livro "A divina comédia" em código I-nigma, um troço meio louco, mas legal...opa!!!...Algo estranho no ar. Quando um cara da Publicidade arranca aplausos e chama a atenção num evento de POESIA.
Ih,...algo não vai bem no mundinho das Letras.
O que salvou foi a palestrinha do Afonso e do Mautner, leves, de boa, atenciosos, responderam às perguntas de frente, e deixaram claro, a poesia é esse troço que a gente pode pensar e pensa, mas também sente, tem que sentir. Lembraram o fato de que uma pessoa acometida de Alzheimer jamais esquece uma poesia aprendida na infância, mesmo esquecendo todas as outras informações.
Gostei disso.
Não espero que nem o Afonso, nem o Mautner revolucionem a poesia, isso é um lance que envolve a galera contemporânea. Mas eles fizeram exatamente o que se esperava deles, levantaram pra gente gente cortar!
Burro, muito burro quem não sacar!
É esse o clima, malandro!
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