ah, era isso que eu queria precisava dizer...
sempre ouço da maioria das pessoas que sou racional, que eu mais penso do que sinto. mas elas não falam isso de forma depreciativa, acho, apenas tentam dar nome aos bois.
eu até entendo porque, de fato, minhas práticas, a forma como conduzo as coisas, meu linguajar e tentativa de manter certa clareza nas relações levam de fato a conclusões como essa que as pessoas têm.
mas discordo.internamente sinto tudo muito caótico, além de ser muito tímido (aliás, reconhece-se um tímido não quando você o pede pra pular do telhado, o que seria simples pra ele, mas quando você pede algo simples como, 'diz aí o que você sente por mim?'). sempre acho que um bom amor de uma garota irá me ajudar a esclarecer certas confusões internas, ainda acho isso.
então, para me fazer entender no meio desse universo caótico opto por certa objetividade e clareza em minhas coisas. mas, entendem, que isso não faz de mim uma pessoa racional?
eu não penso muito racionalmente, eu ajo racionalmente, na maioria das vezes.
quando me encontro entre amigos essa coisa muda de figura, me sinto à vontade até pra chorar, se o choro vem.
minha confusão interna é tal que já não sei diferenciar racional de emocional.
você sabe?
terça-feira, 26 de julho de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
não me esforço muito para que as pessoas gostem de mim.
meu sorriso não é fácil, não saio de onde estou instalado confortavelmente pra abraçar, beijar ou apertar a mão de seu ninguém.
já ouvi muito que isso é arrogância, que agir assim é ser anti-social, e que isso tudo junto e misturado dá um coquetel molotov.
sou um cara tímido, hoje sei que admitir a timidez não faz com que ela passe. Se isso soa como arrogância, pedantismo, deixa rolar.
só gosto de respeitar a minha natureza, porque ela já foi muito desrespeitada. por mim e por outros.
gosto de ouvir as pessoas, falar e tocar nelas, mas a cara que elas fazem me intimida as vezes.
meu sonho mesmo é morar numa casa à beira da praia, sozinho, vendo pessoas só a cada trinta dias, vendo-as quando eu quiser vê-las, porque nem sempre quero.
as pessoas me encantam, e já estar o tempo todo encantado cansa muito, você dispende muita energia, é como se seu corpo ebulisse constantemente.
meu sorriso não é fácil, não saio de onde estou instalado confortavelmente pra abraçar, beijar ou apertar a mão de seu ninguém.
já ouvi muito que isso é arrogância, que agir assim é ser anti-social, e que isso tudo junto e misturado dá um coquetel molotov.
sou um cara tímido, hoje sei que admitir a timidez não faz com que ela passe. Se isso soa como arrogância, pedantismo, deixa rolar.
só gosto de respeitar a minha natureza, porque ela já foi muito desrespeitada. por mim e por outros.
gosto de ouvir as pessoas, falar e tocar nelas, mas a cara que elas fazem me intimida as vezes.
meu sonho mesmo é morar numa casa à beira da praia, sozinho, vendo pessoas só a cada trinta dias, vendo-as quando eu quiser vê-las, porque nem sempre quero.
as pessoas me encantam, e já estar o tempo todo encantado cansa muito, você dispende muita energia, é como se seu corpo ebulisse constantemente.
terça-feira, 19 de julho de 2011
ando em busca do meu tempo, do momento em que aprendo com meus descompassos, quando levo à frente uma mistura decantada do que vivi.
levo, inclusive, a certeza de que sempre somos os mesmos, só as relações e as sensibilidades que mudam.
adiante verei como tudo isso funciona na prática.
o que necessito nesse exato minuto é que algo me desperte da letargia que os dias têm me deixado.
meu sono já está durando, minhas insônias não estão fornecendo pão algum.
ando faminto e com sono.
diria mais, ando guloso e relapso.
mas carrego a certeza de que isso está prestes a passar.
que passe...
levo, inclusive, a certeza de que sempre somos os mesmos, só as relações e as sensibilidades que mudam.
adiante verei como tudo isso funciona na prática.
o que necessito nesse exato minuto é que algo me desperte da letargia que os dias têm me deixado.
meu sono já está durando, minhas insônias não estão fornecendo pão algum.
ando faminto e com sono.
diria mais, ando guloso e relapso.
mas carrego a certeza de que isso está prestes a passar.
que passe...
sexta-feira, 15 de julho de 2011
as pessoas.
essas que estão ao nosso redor, que nos falam ao ouvido, que nos dão seus ouvidos para falarmos.
com quem trocamos juras, planos, olhares.
tais pessoas nos acompanham no bar, na farmácia, na cama.
elas se enroscam em nosso pescoço e dizem cheias de manha que não vão nos largar, perguntam ainda se aguentaremos isso.
é com essas pessoas que rimos e compartilhamos pequenos silêncios.
o sentimento que temos por elas é indivisível, mas elas mesmo são soltas, espalhadas pelo mundo. tente prender uma pessoa dessa e você compreenderá o que é jogar tempo fora.
ah, pessoas como essas surgem pela porta do elevador e te dão um abraço forte, calmo, cheio. você olha nos olhos dela e pensa, será que daqui a um ano ainda seremos tão legais um com o outro?
ela te sorri sincero e diz, não sei.
pessoas assim são um achado.
essas que estão ao nosso redor, que nos falam ao ouvido, que nos dão seus ouvidos para falarmos.
com quem trocamos juras, planos, olhares.
tais pessoas nos acompanham no bar, na farmácia, na cama.
elas se enroscam em nosso pescoço e dizem cheias de manha que não vão nos largar, perguntam ainda se aguentaremos isso.
é com essas pessoas que rimos e compartilhamos pequenos silêncios.
o sentimento que temos por elas é indivisível, mas elas mesmo são soltas, espalhadas pelo mundo. tente prender uma pessoa dessa e você compreenderá o que é jogar tempo fora.
ah, pessoas como essas surgem pela porta do elevador e te dão um abraço forte, calmo, cheio. você olha nos olhos dela e pensa, será que daqui a um ano ainda seremos tão legais um com o outro?
ela te sorri sincero e diz, não sei.
pessoas assim são um achado.
terça-feira, 12 de julho de 2011
terça-feira, 5 de julho de 2011
Eu não sou da sua rua
(Arnaldo Antunes)
Eu não sou da sua rua,
Não sou o seu vizinho.
Eu moro muito longe, sozinho.
Estou aqui de passagem.
Eu não sou da sua rua,
Eu não falo a sua língua,
Minha vida é diferente da sua.
Estou aqui de passagem.
Esse mundo não é
Meu, esse mundo não é seu
é esse o clima...
(Arnaldo Antunes)
Eu não sou da sua rua,
Não sou o seu vizinho.
Eu moro muito longe, sozinho.
Estou aqui de passagem.
Eu não sou da sua rua,
Eu não falo a sua língua,
Minha vida é diferente da sua.
Estou aqui de passagem.
Esse mundo não é
Meu, esse mundo não é seu
é esse o clima...
...a vida acontecendo e eu fingindo que não era comigo.
...as pessoas se aproximando, as pessoas se afastando e eu fingindo que não era comigo.
gosto sempre de ressaltar bem que o tempo do encontro é inversamente proporcional ao tempo do afastamento.
quando estamos envolvidos na conquista de alguém nada acontece num estalar de dedos, é tudo menos rapído do que se imagina. mesmo que as mãos se toquem, os lábios de esfreguem, que os sexos se juntem já...ainda há o depois disso. fica aquela sensação que de depois disso há o que ser ruminado, vivido e ruminado.
você se pergunta, 'nossa, tão rápido' e o tempo te aplica uma rasteira porque nos dias seguintes, ainda enlevado por tudo quanto houve, nada ainda se concretizou. não há vitória a ser cantada.
quando as pessoas se vão de nossas vidas elas o fazem como um mandrake, o batman do cinema, o mestre dos magos. elas até explicam uma coisa ou outra, arranjam um motivo ou outro, às vezes motivos totalmente consistentes, reais e sinceros. mas se mandam num sopro, numa explosão atômica sem vítimas.
conhecer alguém envolve a terafa do desencanamento. é entender que as experiências passadas contam, mas não bastam. é preciso se jogar em novas ondas, porque elas sempre desaguam na areia, porto seguro.
é nessas ondas que surfo.
...as pessoas se aproximando, as pessoas se afastando e eu fingindo que não era comigo.
gosto sempre de ressaltar bem que o tempo do encontro é inversamente proporcional ao tempo do afastamento.
quando estamos envolvidos na conquista de alguém nada acontece num estalar de dedos, é tudo menos rapído do que se imagina. mesmo que as mãos se toquem, os lábios de esfreguem, que os sexos se juntem já...ainda há o depois disso. fica aquela sensação que de depois disso há o que ser ruminado, vivido e ruminado.
você se pergunta, 'nossa, tão rápido' e o tempo te aplica uma rasteira porque nos dias seguintes, ainda enlevado por tudo quanto houve, nada ainda se concretizou. não há vitória a ser cantada.
quando as pessoas se vão de nossas vidas elas o fazem como um mandrake, o batman do cinema, o mestre dos magos. elas até explicam uma coisa ou outra, arranjam um motivo ou outro, às vezes motivos totalmente consistentes, reais e sinceros. mas se mandam num sopro, numa explosão atômica sem vítimas.
conhecer alguém envolve a terafa do desencanamento. é entender que as experiências passadas contam, mas não bastam. é preciso se jogar em novas ondas, porque elas sempre desaguam na areia, porto seguro.
é nessas ondas que surfo.
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