terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Manhã de Carnaval

São oito horas da manhã.
Não exatamente oito horas, mas é manhã.

Arrumo malas, esgarço lembranças, jogo fora bobagens, mas passo longo tempo pensando no que é e no que não é bobagem, depois jogo...fora.
Pros que partem fica um certo gosto de inveja incompreensível praqueles que ficam. Pros que ficam há aquela rotina, aquela vida que não se alterou, aquela rotinazinha que acaba tendo um contorno de graça, pra quem vai fica aquele gosto de poeira do asfalto, de imprevisibilidade, de falta de controle com o que irá acontecer. E o que irá acontecer?

Uma preguiça macunaímica fundamental me anima. Não quero resolver minha vida, quero ir empurrando com a barriga, mas sei que isso passa...

É terça de Carnaval. O mundo explode em trombetas que anunciam não o fim do mundo, mas o começo de uma alegria meio desesperada, afinal rir é um poderoso remédio contra a morte, e não há nisso nada de trágico, rir é remédio contra a morte, tão bom ter remédio pra essas coisas!

Eu ando em casa. Bem jogado numa rede a là Dorival.

"Ah, Izaura...hoje eu não posso ficar", e "diz pros da pesada que eu vou levando, e se puder me manda uma notícia boa"!

O imprevisível é o molho da vida.

Saudações universais.

Um comentário:

Deise Anne disse...

gostei do novo nome.
gosto do gosto da poeira e de pensar que estamos sempre indo pra algum lugar.
desejo que você descubra coisas novas por lá e que me conte.

a gente se encontra por aqui, sempre... beijos e boa sorte!