certa vez me disseram, em tom de acusação ou denúncia, não sei bem, que vivo num mundo paralelo.
algo assim:
-você, eduardo, vive num mundo paralelo e não se dá conta disso, as coisas não são como você acha...
lembro que na hora reagi abruptamente. discordei com a minha melhor cara de 'vou te matar'. mas agora compreendo que você estava certo.
digo que compreendo porque enxergo com mais clareza todo o bem e todo o mal que há na sua acusação ou denúncia, não sei bem...
de fato, vivo num mundo paralelo, feito uma cápsula da nasa que recria a falta da gravidade, eu vivo sob suspensão das regras que não me agradam, tentando aceitar algumas, quando disposto.
não que o meu mundo seja o canto das maravilhas onde as pessoas pairam.
aí está a grande desvantagem do mundo paralelo, essa impossibilidade de explicar, pois, para entendê-lo, se faz mister entrar e tomar suas próprias conclusões.
talvez não haja nada demais pra você lá.
mas volto a agradecer a acusação...
hoje compreendo que o fora jamais corresponderá ao dentro, sequer o mundo é espelho dos meus desejos e vontades.
fico bem com os meus sonhos e encaro esse mundo como o canteiro de obras pra realizá-los.
eu, eduardo timbó, vivo num mundo paralelo e exerço um poder paralelo.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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2 comentários:
Você, Eduardo Timbó, talvez seja daqueles malandros que tem uma caneta Bic e um guardanapo, apoiado na perna, numa hora qualquer do dia e desenrola palavras sem enfeites, metáforas discretas e muito bem colocadas.
Muito bom texto, muito boa resposta, Malandro! ;D
Viva o mundo paralelo e suas salva-guardas! Feliz de quem encontrou o caminho para lá.
Cada um no seu quadrado... isso é que é filosofia de vida!
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