terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

observar o bolo crescendo
enfiar um palito pra ver a consistência
retirar da forma e esperar que resfrie
até que enfim vire um bolo.

há um tempo em tudo,
um limite que a coisa
impõe ao homem.

saber se safar com maestria
dessa condição de subjugado
é como uma esquiva de capoeira,
leva um tempo, requer esforço
mas o resultado resplandece.

o bolo é bonito
a esquiva é linda,
chegar onde queremos
é a glória.

mas que fique em nossos corações
o esforço e a técnica necessárias
pra driblarmos o tempo
o tempo todo.

[sexta-feira defendo minha dissertação, é o fim de uma fase, um ciclo que se fecha, uma época que atravesso. guardo todo o esforço em mim, pois muita coisa cansou, muita coisa caducou, muita coisa não merece voltar. o doutorado está ai e que traga novos ares pra  novos respiros]

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