segunda-feira, 1 de junho de 2009

Malandro, olha a displicência!

DISPLICÊNCIA

Você quer viver só de amor
Mas de amor não quer morrer
Quer queimar-se nessa brasa
Mas reclama ao sentir doer

Você quer consumir, veja só
O que na vida há de melhor
Mas, se lhe cobram um vintém
Finge pra todos que não tem

Tire da chuva o seu cavalo
Sua crista trate de abaixar
Do amor,tudo o que se sabe
É muito pouco pra se gabar

Pise bem de leve nesse chão
Onde muito já se escorregou
Espere essa massa virar pão
Que a tantos já alimentou

Digo, decerto com ciência
Aguarde pela hora da virada
Quem no amor não acha nada
Vive em eterna displicência

Um comentário:

Deise Anne disse...

cheio de malandragem e musicalidade. adorei o post, dudu.
só quem é bom rima com essa classe.
beijo