DISPLICÊNCIA
Você quer viver só de amor
Mas de amor não quer morrer
Quer queimar-se nessa brasa
Mas reclama ao sentir doer
Você quer consumir, veja só
O que na vida há de melhor
Mas, se lhe cobram um vintém
Finge pra todos que não tem
Tire da chuva o seu cavalo
Sua crista trate de abaixar
Do amor,tudo o que se sabe
É muito pouco pra se gabar
Pise bem de leve nesse chão
Onde muito já se escorregou
Espere essa massa virar pão
Que a tantos já alimentou
Digo, decerto com ciência
Aguarde pela hora da virada
Quem no amor não acha nada
Vive em eterna displicência
segunda-feira, 1 de junho de 2009
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Um comentário:
cheio de malandragem e musicalidade. adorei o post, dudu.
só quem é bom rima com essa classe.
beijo
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