acabei de ver...tive um poema selecionado pra 7a bienal da une que será no rio!
eba!
que venha 2011!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
hoje mesmo, deitado na cama, olhando pela janela pro céu e três fios do poste vi um pássaro pousado sobre um dos fios. repeti pra mim mesmo aquela pergunta sempre infantil, 'porque eles não tomam um choque?'.pensei em pegar meu celular e gravar o pardal sozinho trinando sobre um fio de eletricidade, mas não fiz. essas imagens a gente guarda pra si.
há um tiquinho de egoismo nisso, mas ha também a necessidade de que aquela imagem seja pra sempre aquilo que pensei dela e não outra coisa diferente.
é esse o clima...
há um tiquinho de egoismo nisso, mas ha também a necessidade de que aquela imagem seja pra sempre aquilo que pensei dela e não outra coisa diferente.
é esse o clima...
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
hoje recebi a visita de uma amiga aqui no rio.
passei com ela por copa e ipanema.mostrei um pouco de como anda a minha vida...
claro, rolaram papos sentimentais. disse a ela que tinha terminado meu relacionamento...ela ficou muito surpresa, achou que tudo ia de vento em polpa!
de fato terminei um relacionamento longo. se dissesse que não sinto saudades dela eu estaria mentindo. não terminamos porque não lhe tenho afeto, ou porque pintou outra pessoa na jogada, mas porque somos um casal impraticável.
hoje senti uma falta incomum dela, mas sei que isso é fase...bem, se eu pudesse dizer a ela...eu diria que ela foi
uma namorada incrível, de uma dedicação e esforço que impressiona, de uma proteção e afeto incomensuráveis.
de um temperamente forte, instável, por vezes inflamável, bastando uma simples, muito simples fagulha pra destruir roma em chamas. mas também generosa quando não se sente a obrigada a isso.
uma pessoa que gosta de cores vibrantes, mas que se debatae ante duas missões bem internas:
ser espontaneamente a menina legal e divertida que ela já foi um dia e ser a adulta responsável e atenta que o mundo lhe cobre que seja;
é algo muito dificil, é como juntar água e óleo. acredito que todos nós temos nossas missões internas, uma final de campeonato que travamos com nós mesmos.
eu tenho a minha também, e acho que nossas missões internas se incompatbilizam tanto, tanto ao ponto de se tornar visível. claro, quando tudo está bem, não há o que se explicar, estamos bem e pronto...mas é na hora da dificuldade que ressaltam todas as diferenças, a briga é o outro em tensão máxima, é você em tensão máxima. nessa hora parecíamos dois alienígenas, não havia o menor entendimento, e aqui sim é necessário achar uma explicação, sanar um problema. e tentamos, alguns foram bem sanáveis e sanados, outros são impossíveis.
havia muita discussão virando briga nesse relacionamento, e eu detesto discussão e briga. me explico: não tenho nada contra conversar, discutir, mesmo que de forma tensa, mas apenas se for pra resolver um problema. eu costumava pensar que pra ela, discutir é que nem viajar ou tomar aquele porre do mês pra mim...pq depois do porre você parece que renasceu um pouco, a impressão é de que tudo está novo...
depois de uma discussão ela sentia melhor a quantas andava nosso relacionamento, e eu entendo porque ela fazia isso.
na cabeça dela eu sou uma pessoa meio distante, meio 'não sei o que se passa dentro dele', daí ela promovia essas discussões pra que eu 'pusesse pra fora' aquilo que ela, como namorada, precisava saber. justo.
mas sabe o que?...eu procurava dizer com certa constância o que sentia por-com ela, mas quando isso começou a gerar brigas, passei a internalizar que fazer isso era pedir pra discutir feio. mais uma vez nossas missões internas...
ela encarava tudo isso entre a gente de forma muito séria e sisuda, éramos apenas namorados, mas ela queria me tratar como se já fossemos casados. controlar horarios, com quem saio, que horas saio e volto. me desculpem, mas essa não é a minha idéia de relacionamento...a dela é, ela se sente bem nessa posição, eu não.
quero sim ter uma familia, fazer parte desse clã ancestral e inexplicável chamado família, mas não assim, mas não desse jeito. me vi num relacionamento onde passar 2 meses sem briga era motivo de comemoração...veja lá...assim não dá. me ví no futuro fazendo parte daqueles casais indiscretos, relaxados, que discutem até o ponto de não saberem mais porque discutem, casais que se 'amam', mas não se entendem.
veja bem, se só tem arroz no seu prato, você quer feijão também. não adianta todo o amor do mundo sem entendimento, e só entendimento sem amor...não tem sabor.
terminei. sei que fiz uma pessoa sofrer pois, como uma boa canceriana, ela sempre põe muita expectativa no relacionamento, mas eu tenho essa dificuldade inconfessável...me dê liberdade e fico à sua mercê, mas me prenda e simplesmente balanço a cabeça e vou embora....um sopro de liberdade deixa qualquer relacionamento mais legal.
se dissesse que não estou triste estaria mentindo. ainda não nos vimos nem nos falamos depois de tudo. não sei como será.
me sinto como um personagem do 'comédia' da mtv...o fábio renato...que sempre começa falando "olá a toodos, são 4 e 15 da manhã..."
saudações...
passei com ela por copa e ipanema.mostrei um pouco de como anda a minha vida...
claro, rolaram papos sentimentais. disse a ela que tinha terminado meu relacionamento...ela ficou muito surpresa, achou que tudo ia de vento em polpa!
de fato terminei um relacionamento longo. se dissesse que não sinto saudades dela eu estaria mentindo. não terminamos porque não lhe tenho afeto, ou porque pintou outra pessoa na jogada, mas porque somos um casal impraticável.
hoje senti uma falta incomum dela, mas sei que isso é fase...bem, se eu pudesse dizer a ela...eu diria que ela foi
uma namorada incrível, de uma dedicação e esforço que impressiona, de uma proteção e afeto incomensuráveis.
de um temperamente forte, instável, por vezes inflamável, bastando uma simples, muito simples fagulha pra destruir roma em chamas. mas também generosa quando não se sente a obrigada a isso.
uma pessoa que gosta de cores vibrantes, mas que se debatae ante duas missões bem internas:
ser espontaneamente a menina legal e divertida que ela já foi um dia e ser a adulta responsável e atenta que o mundo lhe cobre que seja;
é algo muito dificil, é como juntar água e óleo. acredito que todos nós temos nossas missões internas, uma final de campeonato que travamos com nós mesmos.
eu tenho a minha também, e acho que nossas missões internas se incompatbilizam tanto, tanto ao ponto de se tornar visível. claro, quando tudo está bem, não há o que se explicar, estamos bem e pronto...mas é na hora da dificuldade que ressaltam todas as diferenças, a briga é o outro em tensão máxima, é você em tensão máxima. nessa hora parecíamos dois alienígenas, não havia o menor entendimento, e aqui sim é necessário achar uma explicação, sanar um problema. e tentamos, alguns foram bem sanáveis e sanados, outros são impossíveis.
havia muita discussão virando briga nesse relacionamento, e eu detesto discussão e briga. me explico: não tenho nada contra conversar, discutir, mesmo que de forma tensa, mas apenas se for pra resolver um problema. eu costumava pensar que pra ela, discutir é que nem viajar ou tomar aquele porre do mês pra mim...pq depois do porre você parece que renasceu um pouco, a impressão é de que tudo está novo...
depois de uma discussão ela sentia melhor a quantas andava nosso relacionamento, e eu entendo porque ela fazia isso.
na cabeça dela eu sou uma pessoa meio distante, meio 'não sei o que se passa dentro dele', daí ela promovia essas discussões pra que eu 'pusesse pra fora' aquilo que ela, como namorada, precisava saber. justo.
mas sabe o que?...eu procurava dizer com certa constância o que sentia por-com ela, mas quando isso começou a gerar brigas, passei a internalizar que fazer isso era pedir pra discutir feio. mais uma vez nossas missões internas...
ela encarava tudo isso entre a gente de forma muito séria e sisuda, éramos apenas namorados, mas ela queria me tratar como se já fossemos casados. controlar horarios, com quem saio, que horas saio e volto. me desculpem, mas essa não é a minha idéia de relacionamento...a dela é, ela se sente bem nessa posição, eu não.
quero sim ter uma familia, fazer parte desse clã ancestral e inexplicável chamado família, mas não assim, mas não desse jeito. me vi num relacionamento onde passar 2 meses sem briga era motivo de comemoração...veja lá...assim não dá. me ví no futuro fazendo parte daqueles casais indiscretos, relaxados, que discutem até o ponto de não saberem mais porque discutem, casais que se 'amam', mas não se entendem.
veja bem, se só tem arroz no seu prato, você quer feijão também. não adianta todo o amor do mundo sem entendimento, e só entendimento sem amor...não tem sabor.
terminei. sei que fiz uma pessoa sofrer pois, como uma boa canceriana, ela sempre põe muita expectativa no relacionamento, mas eu tenho essa dificuldade inconfessável...me dê liberdade e fico à sua mercê, mas me prenda e simplesmente balanço a cabeça e vou embora....um sopro de liberdade deixa qualquer relacionamento mais legal.
se dissesse que não estou triste estaria mentindo. ainda não nos vimos nem nos falamos depois de tudo. não sei como será.
me sinto como um personagem do 'comédia' da mtv...o fábio renato...que sempre começa falando "olá a toodos, são 4 e 15 da manhã..."
saudações...
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
terça-feira, 30 de novembro de 2010
minha nostalgia me faz olhar sempre pra frente
porque temo meu passado.
tenho receio de minhas lembranças,
de que a beleza delas me ofusque num eterno relembrar;
tenho medo de nunca sair disso.
devido a tal contigência é que não olho pra trás.
mas minha nostalgia é imensa e avassala,
olho as pessoas e me parecem sempre já conhecidas
sempre já chegadas, já de casa.
mas não são.
por isso evito o passado, tratar um desconhecido
como um de casa....
há muitas bobagens contidas nessa atitude.
só quero o passado até o momento em que
ele não me atormente, mas me acaricie.
para além disso, me diga
quem precisa de passado?
porque temo meu passado.
tenho receio de minhas lembranças,
de que a beleza delas me ofusque num eterno relembrar;
tenho medo de nunca sair disso.
devido a tal contigência é que não olho pra trás.
mas minha nostalgia é imensa e avassala,
olho as pessoas e me parecem sempre já conhecidas
sempre já chegadas, já de casa.
mas não são.
por isso evito o passado, tratar um desconhecido
como um de casa....
há muitas bobagens contidas nessa atitude.
só quero o passado até o momento em que
ele não me atormente, mas me acaricie.
para além disso, me diga
quem precisa de passado?
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
evito que a verdade me entristeça e que a mentira me vende os olhos.
porque eu preciso das duas.
a verdade as vezes coincide com um ponto onde não há dor
onde não nos sentimos imaginariamente espancados.
momento esse em que a mentira nos livra de uma dor absurda
uma barreira quase incontornável que contornamos cegamente.
porque eu preciso das duas.
a verdade as vezes coincide com um ponto onde não há dor
onde não nos sentimos imaginariamente espancados.
momento esse em que a mentira nos livra de uma dor absurda
uma barreira quase incontornável que contornamos cegamente.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
a felicidade costuma se enganar na entrada, mas sempre acerta na saída.
a felicidade tem documentos falsos, cpf e rg
mas anda resoluta de chapéu na mão.
a felicidade é qualquer coisa que se esgarça
não pela mão do homem, mas do tempo.
em ambiente deveras convulso
a felicidade sorri, dá um soluço
pede desculpas e prossegue.
nada detem a felicidade.
a felicidade tem documentos falsos, cpf e rg
mas anda resoluta de chapéu na mão.
a felicidade é qualquer coisa que se esgarça
não pela mão do homem, mas do tempo.
em ambiente deveras convulso
a felicidade sorri, dá um soluço
pede desculpas e prossegue.
nada detem a felicidade.
domingo, 21 de novembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
me pego sonhando sonhos razoáveis
climas onde não me sinta desconfortável
pratos que me parecam palatáveis.
esse sonho que venho tendo
carece de alguém ao lado
mas não ando mordido
nem ressabiado
o que estiver chegando
está bem chegado.
mas não quero nem a violência do ter
nem a displicência do ser.
o que está, deixe estando.
climas onde não me sinta desconfortável
pratos que me parecam palatáveis.
esse sonho que venho tendo
carece de alguém ao lado
mas não ando mordido
nem ressabiado
o que estiver chegando
está bem chegado.
mas não quero nem a violência do ter
nem a displicência do ser.
o que está, deixe estando.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
você me fala com queixume que anda pela superfície
mas não se sinta triste com isso
a superfície tem sua grande vantagem,
com sua gravidade te prende ao chão
com suas micro rugosidades te impede de vagar a esmo.
mas nada na superfície é fácil, é preciso senti-la
naquilo que ela pode te confortar.
não me fale com queixume da superfície,
à noite, no escuro das profundezas de um sentimento
é por ela que muitos pedem.
mas não se sinta triste com isso
a superfície tem sua grande vantagem,
com sua gravidade te prende ao chão
com suas micro rugosidades te impede de vagar a esmo.
mas nada na superfície é fácil, é preciso senti-la
naquilo que ela pode te confortar.
não me fale com queixume da superfície,
à noite, no escuro das profundezas de um sentimento
é por ela que muitos pedem.
sábado, 6 de novembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
20h-Multifoco Ao Vivo com Jossa Nova.Suas palmas e gritinhos ... on Twitpic
20h-Multifoco Ao Vivo com Jossa Nova.Suas palmas e gritinhos ... on Twitpic
É isso aí!
Esse é o flyer do Multifoco Ao vivo e dia 17 tem Jossa Nova!
:)
É isso aí!
Esse é o flyer do Multifoco Ao vivo e dia 17 tem Jossa Nova!
:)
'esses são dias desleais...'
não poderia dizer que tudo está ruim, não está
nem que coisas boas não têm acontecido, pois têm.
o que posso dizer é que tudo tem estado complicado
e que eu ando complicando mais ainda as coisas.
às vezes me pergunto de onde vem tanta radicalidade
essa da minha pessoa.
bem, não tenho uma resposta boa, satisfatória.
eu sou meio banana e tenho receio de ser passado pra trás
de ser feito de bobo e acabo radicalizando.
não sei bem porque, mas de alguma forma
eu alimento internamente o sonho de que isso poderia ser perdoado
pelas pessoas que amo. quando não é, eu me sinto injustiçado.
claro, estou aqui confessando coisas inconfessáveis
um receio muito interno. claro que conscientemente
não espero que as pessoas que amo me perdoem a radicalidade.
mas lá no fundo, naquilo de mais humano em mim,
quando não penso, não reflito,e só sinto, é o que espero.
esse perdão gratuito que damos a outrem sem fala, sem murmurejo
porque ele é um ato, ele só tem força quando em ação.
a sensação da perda me fez sentir tudo muito esquisito
me sentir fraco, sem a devida força que nossos sonhos requisitam.
me sentí muito só, porque o sentimento da perda nos faz calados
não explicamos, pois quem entenderá? dai calamos.
perdemos duas vezes,
tanto a pessoa amada quanto as que podemos amar.
esse post surge da necessidade de dispersar um sentimento pesado,
um fardo.
e posso dizer que me sinto sim bem melhor.
sei que escolhi um caminho que por vezes é muito solitário
mas se você me perguntar se a solidão é um troço bom, digo que não
porque não é.
mas como se sai da solidão?
aos poucos, lentamente, nutrindo certa fé
pois bobo é quem não tem fé na hora em que se precisa ter fé.
não poderia dizer que tudo está ruim, não está
nem que coisas boas não têm acontecido, pois têm.
o que posso dizer é que tudo tem estado complicado
e que eu ando complicando mais ainda as coisas.
às vezes me pergunto de onde vem tanta radicalidade
essa da minha pessoa.
bem, não tenho uma resposta boa, satisfatória.
eu sou meio banana e tenho receio de ser passado pra trás
de ser feito de bobo e acabo radicalizando.
não sei bem porque, mas de alguma forma
eu alimento internamente o sonho de que isso poderia ser perdoado
pelas pessoas que amo. quando não é, eu me sinto injustiçado.
claro, estou aqui confessando coisas inconfessáveis
um receio muito interno. claro que conscientemente
não espero que as pessoas que amo me perdoem a radicalidade.
mas lá no fundo, naquilo de mais humano em mim,
quando não penso, não reflito,e só sinto, é o que espero.
esse perdão gratuito que damos a outrem sem fala, sem murmurejo
porque ele é um ato, ele só tem força quando em ação.
a sensação da perda me fez sentir tudo muito esquisito
me sentir fraco, sem a devida força que nossos sonhos requisitam.
me sentí muito só, porque o sentimento da perda nos faz calados
não explicamos, pois quem entenderá? dai calamos.
perdemos duas vezes,
tanto a pessoa amada quanto as que podemos amar.
esse post surge da necessidade de dispersar um sentimento pesado,
um fardo.
e posso dizer que me sinto sim bem melhor.
sei que escolhi um caminho que por vezes é muito solitário
mas se você me perguntar se a solidão é um troço bom, digo que não
porque não é.
mas como se sai da solidão?
aos poucos, lentamente, nutrindo certa fé
pois bobo é quem não tem fé na hora em que se precisa ter fé.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
sou cheio de medos, mas me armo de muita coragem [a que não tenho] para enfrentar.
mas o meu grande medo é de que pensem que estou fingindo e a partir disso finjam também
...
nessa hora eu me tornarei vulnerável, você será sensata com os pés no chão e eu serei inconsistente com minha cabeça nas nuvens.
[up in the air]
mas o meu grande medo é de que pensem que estou fingindo e a partir disso finjam também
...
nessa hora eu me tornarei vulnerável, você será sensata com os pés no chão e eu serei inconsistente com minha cabeça nas nuvens.
[up in the air]
domingo, 31 de outubro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
meu começo aqui no rio foi bastante complicado.
uma cidade nova, o rio de janeiro, com sua beleza e o seu caos.
comas pessoas novas, diferentes que travavam no 'hã' a cada nova vez que eu falava algo.
sotaques diferentes, hábitos diferentes, uma vontade de me misturar a tudo e todos...mas tive que mastigar com muita calma tudo isso.
a verdade é que bem aos poucos as coisas estão acontecendo, e a cada dia me sinto mais próprio disso tudo.
é esse o clima!
uma cidade nova, o rio de janeiro, com sua beleza e o seu caos.
comas pessoas novas, diferentes que travavam no 'hã' a cada nova vez que eu falava algo.
sotaques diferentes, hábitos diferentes, uma vontade de me misturar a tudo e todos...mas tive que mastigar com muita calma tudo isso.
a verdade é que bem aos poucos as coisas estão acontecendo, e a cada dia me sinto mais próprio disso tudo.
é esse o clima!
terça-feira, 26 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
eu gosto desse instante, desse minuto em que nada está previamente dado, mas há uma promessa no ar.
promessa de bons ventos, gratas novidades.
eu gosto desse instante em que osso vira ouro e que só depende do meu gesto.
você olha pros lados e não sabe o que te acontecerá, mas não tenha medo porque é esse o instante em que tudo acontece e de onde você pode tirar a sua casquinha.
viva o instante do improvável.
promessa de bons ventos, gratas novidades.
eu gosto desse instante em que osso vira ouro e que só depende do meu gesto.
você olha pros lados e não sabe o que te acontecerá, mas não tenha medo porque é esse o instante em que tudo acontece e de onde você pode tirar a sua casquinha.
viva o instante do improvável.
sábado, 23 de outubro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
Carlos Pablito passa desavisadamente as folhas do álbum de fotografias,
foto a foto e nada disso lhe causa nenhuma sensação, nenhuma.
mas o coração acelera e o sangue para numa foto,
não adianta abrir e fechar a porta,
o passado não vem, não entra nem sai.
Carlos Pablito olha e pensa, tudo poderia ser diferente.
Podia o caramba Pablito, não pode mais.
Mas sente como se tudo pudesse se remediar
mediante um gesto.
O passado gasta você no presente
e você só pode pensar:
-Porra, Pablito, mais uma vez você fudeu tudo!
Esse é Pablito e com ele devemos ter calma.
Calma, Pablito...
foto a foto e nada disso lhe causa nenhuma sensação, nenhuma.
mas o coração acelera e o sangue para numa foto,
não adianta abrir e fechar a porta,
o passado não vem, não entra nem sai.
Carlos Pablito olha e pensa, tudo poderia ser diferente.
Podia o caramba Pablito, não pode mais.
Mas sente como se tudo pudesse se remediar
mediante um gesto.
O passado gasta você no presente
e você só pode pensar:
-Porra, Pablito, mais uma vez você fudeu tudo!
Esse é Pablito e com ele devemos ter calma.
Calma, Pablito...
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
essas coisas passam. não adianta o peso, a força
eu demoro a entender esse rio passando.
hoje tive saudades dos meus pais. da minha rede
de tomar café no dudas e sonhar. dos meus amigos.
sentí saudade de convites inesperados
das bagunças edificantes.
mas nem tudo está perdido
abriremos a barriga do lobo e de lá retiramos todo nosso passado
essas delicadezas não percorrem mais cem metros rasos
agora não há tempo pra isso, mas sempre há tempo
de relembrar, que é a outra forma de sentir.
tocaremos violão numa praia, ao redor de uma fogueira.
eu demoro a entender esse rio passando.
hoje tive saudades dos meus pais. da minha rede
de tomar café no dudas e sonhar. dos meus amigos.
sentí saudade de convites inesperados
das bagunças edificantes.
mas nem tudo está perdido
abriremos a barriga do lobo e de lá retiramos todo nosso passado
essas delicadezas não percorrem mais cem metros rasos
agora não há tempo pra isso, mas sempre há tempo
de relembrar, que é a outra forma de sentir.
tocaremos violão numa praia, ao redor de uma fogueira.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
poucas coisas fazem sentido
e faço pouco de muitas das coisas que poderiam fazer sentido.
eu sou assim
deixo pra mais tarde. eu adio.
não há nada mais palatável que um prazer adiado.
é preciso deixar as coisas acontecerem num mundo paralelo
lá onde o gozo mora nas possibilidades, deixar isso vir dos ossos, chegar na carne, saltar da pele
e por fim brotar no olho.
e faço pouco de muitas das coisas que poderiam fazer sentido.
eu sou assim
deixo pra mais tarde. eu adio.
não há nada mais palatável que um prazer adiado.
é preciso deixar as coisas acontecerem num mundo paralelo
lá onde o gozo mora nas possibilidades, deixar isso vir dos ossos, chegar na carne, saltar da pele
e por fim brotar no olho.
sábado, 9 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
alguém já me perguntou porque falo mais de objetos do que de pessoas.
respondi que é porque a sensação de ser uma pessoa você já conhece, mas a de ser um objeto ainda não.
claro, fui pessimamente interpretado, tido até por arrogante.
como você reagiria ao ser chamado de algo que você não acha que é?
eu caí na risada.
é esse clima aí, malandro...
respondi que é porque a sensação de ser uma pessoa você já conhece, mas a de ser um objeto ainda não.
claro, fui pessimamente interpretado, tido até por arrogante.
como você reagiria ao ser chamado de algo que você não acha que é?
eu caí na risada.
é esse clima aí, malandro...
terça-feira, 5 de outubro de 2010
ontem dei um soco na parede.
porra, finalmente a merda das coisas "começam" a fazer sentido.
ca-ra-lho!
aleluia senhor por eu ser brasileiro e poder falar palavrões em português, que é a melhor lingua do mundo pra se xingar!
que vontade de chutar um balde, derrubar uma porta...gritar na cara do mundo, como já diria alguém...
...
um olhar mergulhado em cinismo, sorriso irônico de canto de boca também servem.
paredes, baldes e portas agradecem...
porra, finalmente a merda das coisas "começam" a fazer sentido.
ca-ra-lho!
aleluia senhor por eu ser brasileiro e poder falar palavrões em português, que é a melhor lingua do mundo pra se xingar!
que vontade de chutar um balde, derrubar uma porta...gritar na cara do mundo, como já diria alguém...
...
um olhar mergulhado em cinismo, sorriso irônico de canto de boca também servem.
paredes, baldes e portas agradecem...
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
a política é uma bagunça e você não se conforma, mas deveria.
nosso sistema político é democrático.
duas coisas caracterizam bem a democracia:
1. a alternância de poder, do contrário seria uma autocracia, uma ditadura...
2. a possiblidade da intervenção popular, pelo voto, no caso.
ora, os políticos integram partidos políticos que se guiam por esse ou aquele ideal nobre ou não.
todos eles se unem perante um centro de poder, assembléia, congresso, essas coisas onde tentam 'emendar' as aspirações e necessidades de cada partido.
partidos.
partidos.
quando criança, minha mãe me ensinou que uma vez partido o vaso jamais ficaria igual ao que era antes.
partido
partido.
ou você se conforma com isso ou procura um outro jeito de viver.
nosso sistema político é democrático.
duas coisas caracterizam bem a democracia:
1. a alternância de poder, do contrário seria uma autocracia, uma ditadura...
2. a possiblidade da intervenção popular, pelo voto, no caso.
ora, os políticos integram partidos políticos que se guiam por esse ou aquele ideal nobre ou não.
todos eles se unem perante um centro de poder, assembléia, congresso, essas coisas onde tentam 'emendar' as aspirações e necessidades de cada partido.
partidos.
partidos.
quando criança, minha mãe me ensinou que uma vez partido o vaso jamais ficaria igual ao que era antes.
partido
partido.
ou você se conforma com isso ou procura um outro jeito de viver.
uma mão no rosto,
o rosto no espelho,
um olhar desconfiado,
um suspiro ligeiro.
o que tem passado?
o tempo.
há quanto tempo?
o tempo inteiro.
o castanho do olho
não é tão mais ligeiro
que as contas do rosário,
que o terço inteiro.
o que tem passado?
o tempo.
há quanto tempo?
o tempo inteiro.
esboço um sorriso
mais metade que inteiro
passo ao largo disso
ao invés de passar no meio.
o rosto no espelho,
um olhar desconfiado,
um suspiro ligeiro.
o que tem passado?
o tempo.
há quanto tempo?
o tempo inteiro.
o castanho do olho
não é tão mais ligeiro
que as contas do rosário,
que o terço inteiro.
o que tem passado?
o tempo.
há quanto tempo?
o tempo inteiro.
esboço um sorriso
mais metade que inteiro
passo ao largo disso
ao invés de passar no meio.
sábado, 2 de outubro de 2010
vice-versa
me deixe assim bem ordinário,
não sou de muito proveito.
você sabe, eu passo rápido
muito rápido do doce ao azedo.
do latim ao esperanto assim;
do cítrico ao amadeirado também;
do venha vosso o nosso reino ao amém;
do início ao pronto do fim.
eu consumo e assumo
mas só sumo se você
tergiversar como só
você sabe.
sábado.
me deixe assim bem ordinário,
não sou de muito proveito.
você sabe, eu passo rápido
muito rápido do doce ao azedo.
do latim ao esperanto assim;
do cítrico ao amadeirado também;
do venha vosso o nosso reino ao amém;
do início ao pronto do fim.
eu consumo e assumo
mas só sumo se você
tergiversar como só
você sabe.
sábado.
o que me falta é um interlocutor.
aquele das horas imprecisas, quando a madrugada bate o seu rológio.
que simplesmente conversemos, ao som de beatles, fumando um cigarro ou bebendo vinho barato.
um interlocutor é uma personagem abstrata, bastante real na trama que lhe compõe
mas um tanto quanto irreal nesse chão acre e por vezes onduloso a que chamamos de realidade.
como eu queria que você se juntasse a mim no coro que entoa
'a realidade não é tudo'.
mas você tem medo porque desde a infância o quintal do outro é o quintal do outro.
é bonito mas não é feito pro seu pé.
e agora, como faço?
se tudo é poesia, desde os modernos, então me faça uma
me dedique uma lua que despenca
essas coisas.
a vida é feita de quê?
você pode seguir em frente sem essa resposta
mas esse texto não.
aquele das horas imprecisas, quando a madrugada bate o seu rológio.
que simplesmente conversemos, ao som de beatles, fumando um cigarro ou bebendo vinho barato.
um interlocutor é uma personagem abstrata, bastante real na trama que lhe compõe
mas um tanto quanto irreal nesse chão acre e por vezes onduloso a que chamamos de realidade.
como eu queria que você se juntasse a mim no coro que entoa
'a realidade não é tudo'.
mas você tem medo porque desde a infância o quintal do outro é o quintal do outro.
é bonito mas não é feito pro seu pé.
e agora, como faço?
se tudo é poesia, desde os modernos, então me faça uma
me dedique uma lua que despenca
essas coisas.
a vida é feita de quê?
você pode seguir em frente sem essa resposta
mas esse texto não.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
sábado, 25 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
a minha lógica pode não ser boa,
mas não chega a ser absurda.
é com ela que eu vou me virando,
vou embolando e desembolando.
canto triste
canto alegre
canto pra continuar.
é a minha lógica.
não há sentido na tristeza
como não há na alegria.
procurar sentido aqui
é o sinal do desespero.
mas se a vida fosse uma canção
se toda ela fosse uma canção e só
se não te restasse a possibilidade de pular a faixa
entoando para sempre um mesmo mantra
que canção seria?
seja feliz e aguente.
essa é a minha lógica.
mas não chega a ser absurda.
é com ela que eu vou me virando,
vou embolando e desembolando.
canto triste
canto alegre
canto pra continuar.
é a minha lógica.
não há sentido na tristeza
como não há na alegria.
procurar sentido aqui
é o sinal do desespero.
mas se a vida fosse uma canção
se toda ela fosse uma canção e só
se não te restasse a possibilidade de pular a faixa
entoando para sempre um mesmo mantra
que canção seria?
seja feliz e aguente.
essa é a minha lógica.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
aprender a esquecer é tão saudável pro corpo e pra memória quanto aprender a lembrar.
na verdade nós esquecemos o tempo todo
e lembramos também.
esquecer é condição de lembrar.
mas tem outro detalhe,
lembrar é um verbo de pura ação. alguém lembra de você
mas pobre de você se foi substantivado e virou lembrança
pois daí pra frente a coisa só desanda.
não é mais verbo, é substantivo,
o que, no mundo das coisas móveis, pode ser encarado como um rebaixamento.
lembrar desnortea de um jeito bom
lembrança não faz um isso contigo e o coração nem agradece.
na verdade nós esquecemos o tempo todo
e lembramos também.
esquecer é condição de lembrar.
mas tem outro detalhe,
lembrar é um verbo de pura ação. alguém lembra de você
mas pobre de você se foi substantivado e virou lembrança
pois daí pra frente a coisa só desanda.
não é mais verbo, é substantivo,
o que, no mundo das coisas móveis, pode ser encarado como um rebaixamento.
lembrar desnortea de um jeito bom
lembrança não faz um isso contigo e o coração nem agradece.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
em tempos políticos a palavra readquire um valor, é quando as questões sobre linguagem costumam ganhar força na mídia.
discutimos sobre uma mera preposição, um adjunto, uma tautologia...não que essas coisas em si tenham interesse, mas demonstram uma série de caracteres que queremos ou ver expostos ou vê-los em falta para então procedermos nossa crítica pertinente.
a fala envolve aquele que devolve.
discutimos sobre uma mera preposição, um adjunto, uma tautologia...não que essas coisas em si tenham interesse, mas demonstram uma série de caracteres que queremos ou ver expostos ou vê-los em falta para então procedermos nossa crítica pertinente.
a fala envolve aquele que devolve.
domingo, 19 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
as pessoas falam em calma e sabedoria
mas há muita sabedoria na inquietude
e um quê de passividade na calma.
vê bem.
digo isso não apenas porque a linguagem me permite isso
(cruzar termos realizando uma suposta oposição semântica)
mas pelo fato de que se a linguagem me permite isso, é porque isso é possível.
não brinco em serviço
mas meu serviço é brincar.
mas há muita sabedoria na inquietude
e um quê de passividade na calma.
vê bem.
digo isso não apenas porque a linguagem me permite isso
(cruzar termos realizando uma suposta oposição semântica)
mas pelo fato de que se a linguagem me permite isso, é porque isso é possível.
não brinco em serviço
mas meu serviço é brincar.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
certa vez me disseram, em tom de acusação ou denúncia, não sei bem, que vivo num mundo paralelo.
algo assim:
-você, eduardo, vive num mundo paralelo e não se dá conta disso, as coisas não são como você acha...
lembro que na hora reagi abruptamente. discordei com a minha melhor cara de 'vou te matar'. mas agora compreendo que você estava certo.
digo que compreendo porque enxergo com mais clareza todo o bem e todo o mal que há na sua acusação ou denúncia, não sei bem...
de fato, vivo num mundo paralelo, feito uma cápsula da nasa que recria a falta da gravidade, eu vivo sob suspensão das regras que não me agradam, tentando aceitar algumas, quando disposto.
não que o meu mundo seja o canto das maravilhas onde as pessoas pairam.
aí está a grande desvantagem do mundo paralelo, essa impossibilidade de explicar, pois, para entendê-lo, se faz mister entrar e tomar suas próprias conclusões.
talvez não haja nada demais pra você lá.
mas volto a agradecer a acusação...
hoje compreendo que o fora jamais corresponderá ao dentro, sequer o mundo é espelho dos meus desejos e vontades.
fico bem com os meus sonhos e encaro esse mundo como o canteiro de obras pra realizá-los.
eu, eduardo timbó, vivo num mundo paralelo e exerço um poder paralelo.
algo assim:
-você, eduardo, vive num mundo paralelo e não se dá conta disso, as coisas não são como você acha...
lembro que na hora reagi abruptamente. discordei com a minha melhor cara de 'vou te matar'. mas agora compreendo que você estava certo.
digo que compreendo porque enxergo com mais clareza todo o bem e todo o mal que há na sua acusação ou denúncia, não sei bem...
de fato, vivo num mundo paralelo, feito uma cápsula da nasa que recria a falta da gravidade, eu vivo sob suspensão das regras que não me agradam, tentando aceitar algumas, quando disposto.
não que o meu mundo seja o canto das maravilhas onde as pessoas pairam.
aí está a grande desvantagem do mundo paralelo, essa impossibilidade de explicar, pois, para entendê-lo, se faz mister entrar e tomar suas próprias conclusões.
talvez não haja nada demais pra você lá.
mas volto a agradecer a acusação...
hoje compreendo que o fora jamais corresponderá ao dentro, sequer o mundo é espelho dos meus desejos e vontades.
fico bem com os meus sonhos e encaro esse mundo como o canteiro de obras pra realizá-los.
eu, eduardo timbó, vivo num mundo paralelo e exerço um poder paralelo.
domingo, 12 de setembro de 2010
[O símbolo, por definição, não é a própria coisa, mas a evocação, substituição ou representação da coisa ausente. Representar, aqui, significa: estar no lugar de ou passar por. Sim, substituir o ausente. E a palavra da poesia, a palavra poética, instauradora ou realizadora, que, por isso, é a palavra essencial, esta está subdizendo o poema, não é símbolo, não é representação ou evocação da coisa ausente, mas a própria coisa, isto é, a própria presença. Portanto, palavra poética não é recado, mensagem, aviso de nada. O poeta não é moleque de recado! (...)]
Fogel, Gilvan. "O desaprendizado do símbolo (a poética do ver imediato)". In: Revista Tempo Brasileiro,171, 2007.
Fogel, Gilvan. "O desaprendizado do símbolo (a poética do ver imediato)". In: Revista Tempo Brasileiro,171, 2007.
sábado, 11 de setembro de 2010
Antes de ontem comecei a compor uma música.
Fiz uma nota, fiquei de lá pra cá com ela...daí me veio a idéia de um solfejo, uma quebra lá pelo meio e eu tinha uma idéia.
Daí saquei do meu gravador e registrei o violão e o solfejo na base do lará-lará.
Não gosto de compor olhando pro computador, mas por uma questão de praticidade resolvi escrever no bloco de notas. O caderno fica pra depois, não sejamos puristas.
A impressão que ficou da música foi boa e imediata, dai escrevi trechos,trechos, trechos...
Já tinha ali quase a letra toda, mas algumas idéias estavam mal-resolvidas, tanto na letra como no violão. Fui limpando, resolvendo, daí dormí.
Ontem terminei a letra, resolví o início e o fim da música.
Tomei a precaução de verificar se não parecia em demasiado com uma outra música que ´tava na minha cabeça, e verifiquei que parece com duas!Rs. Mas é possível que esse detalhe não fique aparente para quem ouve.
Gravei com as novas alterações e anotei as idéias de percussão, backing vocais, as chamadas, as nuances do violão.
Ainda não gravei valendo porque sei o quanto fico grudado no computador e por esses dias tenho outros compromissos mais urgentes.
Mas em breve eu apareço com ela.
Saudações universais!
Fiz uma nota, fiquei de lá pra cá com ela...daí me veio a idéia de um solfejo, uma quebra lá pelo meio e eu tinha uma idéia.
Daí saquei do meu gravador e registrei o violão e o solfejo na base do lará-lará.
Não gosto de compor olhando pro computador, mas por uma questão de praticidade resolvi escrever no bloco de notas. O caderno fica pra depois, não sejamos puristas.
A impressão que ficou da música foi boa e imediata, dai escrevi trechos,trechos, trechos...
Já tinha ali quase a letra toda, mas algumas idéias estavam mal-resolvidas, tanto na letra como no violão. Fui limpando, resolvendo, daí dormí.
Ontem terminei a letra, resolví o início e o fim da música.
Tomei a precaução de verificar se não parecia em demasiado com uma outra música que ´tava na minha cabeça, e verifiquei que parece com duas!Rs. Mas é possível que esse detalhe não fique aparente para quem ouve.
Gravei com as novas alterações e anotei as idéias de percussão, backing vocais, as chamadas, as nuances do violão.
Ainda não gravei valendo porque sei o quanto fico grudado no computador e por esses dias tenho outros compromissos mais urgentes.
Mas em breve eu apareço com ela.
Saudações universais!
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
de que servem aqueles olhos que me traem
deixam a nu os meus desejos mais ingênuos
uma antiga vontade de ser astronauta, músico, velocista
de que servem aqueles olhos vagarosos
que não me deixam quieto, comum, ordinário
e acessam minhas margens, meu esconderijo
seu olhar me traz desconforto
faz o vivo bem menos morto.
deixam a nu os meus desejos mais ingênuos
uma antiga vontade de ser astronauta, músico, velocista
de que servem aqueles olhos vagarosos
que não me deixam quieto, comum, ordinário
e acessam minhas margens, meu esconderijo
seu olhar me traz desconforto
faz o vivo bem menos morto.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
gente, vota na Jossa-sa!
Tô participando de um festival universitário!!!!
http://www.funmusic.com.br/banda/?id=290
saudações universais!
Tô participando de um festival universitário!!!!
http://www.funmusic.com.br/banda/?id=290
saudações universais!
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
dicas de como saber se você está realmente ficando velho:
1. Acesse seu email.
2. Clique em 'Enviadas'
3. Releia todos os emails "importantes" desde o primeiro até o último.
Se você perceber uma fina ou grossa camada de gradação separando os primeiros emails, sempre para amigos, entusiastas e recheados de considerações sentimentais, dos últimos, que discorrem basicamente sobre trabalho, troca de informações e envios de arquivos importantes, creia, você envelheceu.
Saudações universais!
1. Acesse seu email.
2. Clique em 'Enviadas'
3. Releia todos os emails "importantes" desde o primeiro até o último.
Se você perceber uma fina ou grossa camada de gradação separando os primeiros emails, sempre para amigos, entusiastas e recheados de considerações sentimentais, dos últimos, que discorrem basicamente sobre trabalho, troca de informações e envios de arquivos importantes, creia, você envelheceu.
Saudações universais!
terça-feira, 31 de agosto de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
sábado, 28 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
segura pela noite
andava de déu em déu
de mãos em mãos,
dançando, ela girava.
fato é que ela beijava
uma ou outra boca
de uns tantos caras,
era só cantada barata.
mas beijava com gozo
a boca encarnada,
e procurava em todos
a boca então desejada.
cansada, volta pra casa
beijada e beijando
mas a boca desejada
ela ainda está procurando.
andava de déu em déu
de mãos em mãos,
dançando, ela girava.
fato é que ela beijava
uma ou outra boca
de uns tantos caras,
era só cantada barata.
mas beijava com gozo
a boca encarnada,
e procurava em todos
a boca então desejada.
cansada, volta pra casa
beijada e beijando
mas a boca desejada
ela ainda está procurando.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Postei mais uma música no www.myspace.com/jossanovaa
Chama-se "Um bom sorriso".
Bem, como sou um terrível propagandista das minhas coisas, só me resta dizer: Ouçam e espero que gostem!
Saudações universais!
Chama-se "Um bom sorriso".
Bem, como sou um terrível propagandista das minhas coisas, só me resta dizer: Ouçam e espero que gostem!
Saudações universais!
domingo, 15 de agosto de 2010
sábado, 14 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
nada é mais aconchegante do que ter uma canção em mente
quando é usual mudarmos de certezas constantemente.
uma âncora que não pesa
uma ânfora que não vaza.
sei que essa nova canção irá se diluir em pouco tempo
e uma outra virá para lhe ocupar o bendito lugar.
uma tampa que não veda
uma vela que não rasga.
em bem pouco tempo o sentimento também escapa
e uma outra canção será a bola na caçapa.
uma cola que não prega
um prego que não mata.
quando é usual mudarmos de certezas constantemente.
uma âncora que não pesa
uma ânfora que não vaza.
sei que essa nova canção irá se diluir em pouco tempo
e uma outra virá para lhe ocupar o bendito lugar.
uma tampa que não veda
uma vela que não rasga.
em bem pouco tempo o sentimento também escapa
e uma outra canção será a bola na caçapa.
uma cola que não prega
um prego que não mata.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
algo peculiar acontece quando envelhecemos,
quando percebemos esse movimento,
o olho encurta,
as mãos enrugam,
a testa franze,
os pés vacilam,
e nesse momento instaura-se um descompasso
pois ao mesmo tempo
o olhar aguça,
o tato vivifica,
o semblante dignifica,
o andar é de garbo.
[mariana, parabéns.]
é esse o clima...
quando percebemos esse movimento,
o olho encurta,
as mãos enrugam,
a testa franze,
os pés vacilam,
e nesse momento instaura-se um descompasso
pois ao mesmo tempo
o olhar aguça,
o tato vivifica,
o semblante dignifica,
o andar é de garbo.
[mariana, parabéns.]
é esse o clima...
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
você não gosta de mim.
você gosta de ter prazer
de bater na minha porta
querendo saber novidades,
o que eu fiz de novo.
você não gosta de mim.
você quer ter alívio
quando eu digo suportar
deus e o mundo e além
sem me transtornar.
você não gosta de samba
não suporta futebol.
eu bato na sua porta
trazendo novidades
e disso eu gosto
é o que melhor faço.
o afeto que te dou
não peço em troca
mas vê lá onde pisa
pode ter troco na volta.
[se isso fosse escrito a lápis eu sequer sentiria falta de uma borracha.]
você gosta de ter prazer
de bater na minha porta
querendo saber novidades,
o que eu fiz de novo.
você não gosta de mim.
você quer ter alívio
quando eu digo suportar
deus e o mundo e além
sem me transtornar.
você não gosta de samba
não suporta futebol.
eu bato na sua porta
trazendo novidades
e disso eu gosto
é o que melhor faço.
o afeto que te dou
não peço em troca
mas vê lá onde pisa
pode ter troco na volta.
[se isso fosse escrito a lápis eu sequer sentiria falta de uma borracha.]
terça-feira, 3 de agosto de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
hoje faço um arroz, sem muito capricho, mas caseiro e bom,
enquanto relembro uma música no violão, meu companheiro.
limpo a casa, na impossibilidade de esvaziar minhas lembranças,
arrumo a mala porque a vida, essa não se arruma.
o café alaranjado, fica mais forte a cada dia,
a viagem, pra começar, só precisa de uma coisa, da ida.
É esse clima aí, malandro!
enquanto relembro uma música no violão, meu companheiro.
limpo a casa, na impossibilidade de esvaziar minhas lembranças,
arrumo a mala porque a vida, essa não se arruma.
o café alaranjado, fica mais forte a cada dia,
a viagem, pra começar, só precisa de uma coisa, da ida.
É esse clima aí, malandro!
sexta-feira, 16 de julho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
sábado, 10 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
quarta-feira, 7 de julho de 2010
tomo café porque...
de manhã nada me cai bem.
antes uma xícara de café do que um copo de realidade.
tomo café porque...
o papo que rola é diferente do de elevador...
sempre o tempo...
tomo café porque...
leio em média duas páginas enquanto a água ferve
e tenho um dos pés encostado na parede.
tomo café porque...
juízo é mais caro e demorado.
[quem já foi no meu apê sabe, sempre há um bom café passado na hora e na minha cozinha, onde a tarde chega alaranjada, os papos se emendam uns nos outros]
quando chegar em fortal quero chamar meus amigos pra esse papo alaranjado na minha cozinha...lembrando...isso ocorre entre 5:00 e 5:30.
no rio o sol é mt diferente...
por isso tomo café.
de manhã nada me cai bem.
antes uma xícara de café do que um copo de realidade.
tomo café porque...
o papo que rola é diferente do de elevador...
sempre o tempo...
tomo café porque...
leio em média duas páginas enquanto a água ferve
e tenho um dos pés encostado na parede.
tomo café porque...
juízo é mais caro e demorado.
[quem já foi no meu apê sabe, sempre há um bom café passado na hora e na minha cozinha, onde a tarde chega alaranjada, os papos se emendam uns nos outros]
quando chegar em fortal quero chamar meus amigos pra esse papo alaranjado na minha cozinha...lembrando...isso ocorre entre 5:00 e 5:30.
no rio o sol é mt diferente...
por isso tomo café.
terça-feira, 6 de julho de 2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
não tenho medo do presente, pois é onde estou e de onde dificilmente sairei.
do futuro, mesmo não sabendo quase nada, ainda acho encantador.
[quando criança, não tinha medo de me perder, soltava da mãos dos meus pais, o desconhecido me mete muito, muito pouco medo]
o que me congela, teso em meus calcanhares é o passado. é a sombra pesada e insidiosa do que já fui, e continua em mim sendo, e que não pode ser mudado. do que disse, do que fiz, do que ousei, do que pensei e não fiz. tudo isso me mete medo e me acorda umas duas vezes durante a noite.
[lembro quando criança que eu queria crescer logo pra saber como era o mundo dos adultos. já adolescente eu queria preservar a criança em mim com medo de crescer]
o passado me vem à cabeça como a maior das ressacas de uma das mais belas noitadas.
do futuro, mesmo não sabendo quase nada, ainda acho encantador.
[quando criança, não tinha medo de me perder, soltava da mãos dos meus pais, o desconhecido me mete muito, muito pouco medo]
o que me congela, teso em meus calcanhares é o passado. é a sombra pesada e insidiosa do que já fui, e continua em mim sendo, e que não pode ser mudado. do que disse, do que fiz, do que ousei, do que pensei e não fiz. tudo isso me mete medo e me acorda umas duas vezes durante a noite.
[lembro quando criança que eu queria crescer logo pra saber como era o mundo dos adultos. já adolescente eu queria preservar a criança em mim com medo de crescer]
o passado me vem à cabeça como a maior das ressacas de uma das mais belas noitadas.
domingo, 4 de julho de 2010
existe uma grande questão aqui.
quando nosso relacionamento não vai bem e o fim se aproxima, vacilamos e reconsideramos, muito por medo de errar, damos um desconto ao outro e a nós mesmos.
mas quando acaba aí se implanta um terror. não sabemos se vai dar certo com outra pessoa, porque nossos erros ficam muito evidentes nessa hora, ficam muito expostos e não sabemos onde isso vai dar.
quando nosso relacionamento não vai bem e o fim se aproxima, vacilamos e reconsideramos, muito por medo de errar, damos um desconto ao outro e a nós mesmos.
mas quando acaba aí se implanta um terror. não sabemos se vai dar certo com outra pessoa, porque nossos erros ficam muito evidentes nessa hora, ficam muito expostos e não sabemos onde isso vai dar.
sábado, 3 de julho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
sábado, 26 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
quem disse que duas pessoas pretensamente plenas se esbarram na fila do metrô e assim o amor começa?
o amor mesmo já começou bem antes que se esbarrem duas pessoas pretensamente plenas no metrô.
calçando o tênis, na tentativa de resolver toda a vida numa fina equação de inspiração e expiração;
no ato de guardar delicadamente a chave no bolso secreto, aquele menor e mais seguro, sorrindo só;
levantando no meio da noite para enroscar a tampa da pasta de dente esquecida sobre a pia, creia,
o amor já comecou.
o amor
mais fino e mais leve que a areia do deserto
nunca nos abandona.
o amor mesmo já começou bem antes que se esbarrem duas pessoas pretensamente plenas no metrô.
calçando o tênis, na tentativa de resolver toda a vida numa fina equação de inspiração e expiração;
no ato de guardar delicadamente a chave no bolso secreto, aquele menor e mais seguro, sorrindo só;
levantando no meio da noite para enroscar a tampa da pasta de dente esquecida sobre a pia, creia,
o amor já comecou.
o amor
mais fino e mais leve que a areia do deserto
nunca nos abandona.
domingo, 20 de junho de 2010
não sei como fazer com as minhas lembranças.
se me vejo às voltas com chaves e documentos,
tantos esquecidos, perdidos, caídos de meus bolsos sempre tão seguros,
que dizer da minha memória, saco sem fundo
no qual às vezes também me vejo às voltas
tentando recuperar um rosto, um pano de fundo,
uma cena que eu perdi.
não sei o que fazer com as minhas lembranças,
sei apenas o que elas fazem comigo.
se me vejo às voltas com chaves e documentos,
tantos esquecidos, perdidos, caídos de meus bolsos sempre tão seguros,
que dizer da minha memória, saco sem fundo
no qual às vezes também me vejo às voltas
tentando recuperar um rosto, um pano de fundo,
uma cena que eu perdi.
não sei o que fazer com as minhas lembranças,
sei apenas o que elas fazem comigo.
sábado, 19 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
quando me proponho a escrever é como se, numa conferência toda pessoal, aparecessem enfileirados todos os romancistas, poetas, músicos, filósofos, críticos, amigos, amigos-críticos (rs) numa disposição onírica.
e todos me olham e esse olhar é todo cobrança. fico intrigado e demoro a escrever, a pensar em escrever.
de repente acordo para a idéia de que tudo isso é uma bobagem. não escrevo pra eles, escrevo com eles, mas escrevo pra mim. gosto de pensar então que escrever é grafar, riscar, desenhar, diagramar uma centena de idéias que dizem outras idéias quando juntas. só assim relaxo, faço café e escrevo sem culpa, sem medo. culpa de não estar à altura, medo de falar bobagem.
no fundo sei que não escrevo bobagens completas, pois repasso meus textos para amigos-críticos lerem, me ponho aberto a sugestões, questiono, assimilo e adapto as que me interessam. me leio, releio e no fundo não escrevo tanta bobagem assim. por essas e outras gosto de pensar que escrevo como quem escreve pela primeira vez.
e vocês sabem, a primeira vez é sempre sem medo, sem culpa.
é esse clima aí, malandro!
e todos me olham e esse olhar é todo cobrança. fico intrigado e demoro a escrever, a pensar em escrever.
de repente acordo para a idéia de que tudo isso é uma bobagem. não escrevo pra eles, escrevo com eles, mas escrevo pra mim. gosto de pensar então que escrever é grafar, riscar, desenhar, diagramar uma centena de idéias que dizem outras idéias quando juntas. só assim relaxo, faço café e escrevo sem culpa, sem medo. culpa de não estar à altura, medo de falar bobagem.
no fundo sei que não escrevo bobagens completas, pois repasso meus textos para amigos-críticos lerem, me ponho aberto a sugestões, questiono, assimilo e adapto as que me interessam. me leio, releio e no fundo não escrevo tanta bobagem assim. por essas e outras gosto de pensar que escrevo como quem escreve pela primeira vez.
e vocês sabem, a primeira vez é sempre sem medo, sem culpa.
é esse clima aí, malandro!
segunda-feira, 7 de junho de 2010
"Nous perdons un temps précieux sur une piste absurde et nous passons sans le soupçonner à côte du vrai"
[Perdemos um tempo precioso seguindo uma pista absurda e passamos\ao lado da verdade sem suspeitá-la]
Proust, ed. Pléiade, III, p. 100
colhido em "Seis proposta para o novo milênio", de Italo Calvino.
[Perdemos um tempo precioso seguindo uma pista absurda e passamos\ao lado da verdade sem suspeitá-la]
Proust, ed. Pléiade, III, p. 100
colhido em "Seis proposta para o novo milênio", de Italo Calvino.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
você sabe, eu estou por aí
me fingindo de morto
mas é só pra melhor passar.
pois quando tudo isso passa
eu enfim me reencontro.
você sabe, eu estou por aí
me fingindo de morto.
também sei ficar e ir por aí
mas é só pra melhor passar.
pois quando tudo isso passa
eu posso me reencontrar
mais vivo que morto.
[dedico aos meus amigos que estão no limite, envolvidos, absorvidos, planejando em silêncio seus planos mirabolantes de amor, poesia, música, vida estável. ver um amigo, e tudo aquilo que ele defende, triunfar é um prazer extremo. durmo em aconchego. é no limite que a gente se acha]
gxis revido, miaj amikoj!
me fingindo de morto
mas é só pra melhor passar.
pois quando tudo isso passa
eu enfim me reencontro.
você sabe, eu estou por aí
me fingindo de morto.
também sei ficar e ir por aí
mas é só pra melhor passar.
pois quando tudo isso passa
eu posso me reencontrar
mais vivo que morto.
[dedico aos meus amigos que estão no limite, envolvidos, absorvidos, planejando em silêncio seus planos mirabolantes de amor, poesia, música, vida estável. ver um amigo, e tudo aquilo que ele defende, triunfar é um prazer extremo. durmo em aconchego. é no limite que a gente se acha]
gxis revido, miaj amikoj!
segunda-feira, 31 de maio de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
eu não preciso de muito
mas que seja muito bom.
não importa o assunto
o que vale é o tom.
quando a gente conversa
não importa a conclusão.
mas quando a gente acerta
faz silêncio a confusão.
eu não preciso de muito
o que vale é o tom.
não importa o assunto
mas que seja muito bom.
quando a gente conversa
faz silêncio a confusão.
mas quando a gente acerta
não importa a conclusão.
fechou.
mas que seja muito bom.
não importa o assunto
o que vale é o tom.
quando a gente conversa
não importa a conclusão.
mas quando a gente acerta
faz silêncio a confusão.
eu não preciso de muito
o que vale é o tom.
não importa o assunto
mas que seja muito bom.
quando a gente conversa
faz silêncio a confusão.
mas quando a gente acerta
não importa a conclusão.
fechou.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
terça-feira, 25 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
sábado, 22 de maio de 2010
se eu tivesse uma praia sob meus olhos
eu cantaria bem suave essa canção
sem propósito, num dar de ombros pras horas
eu cantaria bem suave essa canção.
mas eu não tenho sob meus olhos
nem essa praia, que dirá essa canção.
é com os dados que me viro
e com eles me dê muito bem.
Não quero viver desejando o que não hei de ter.
eu cantaria bem suave essa canção
sem propósito, num dar de ombros pras horas
eu cantaria bem suave essa canção.
mas eu não tenho sob meus olhos
nem essa praia, que dirá essa canção.
é com os dados que me viro
e com eles me dê muito bem.
Não quero viver desejando o que não hei de ter.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
sábado, 15 de maio de 2010
sábado, 8 de maio de 2010
Carlos Pablito refletiu bastante,
Nó da gravata já quase desfeita.
E decidiu que era tudo bobagem;
Porque essas coisas quem decide
É quem sente o a pedra no sapato.
Achou o caminho da saída fácil
Acendeu vitorioso seu cigarro
Vociferando pra si mesmo:
-Um dia também vou casar;
Mas eu mato o acaso
Se comigo for assim.
[Carlos Pablito é um cara difícil, o fácil que se dane].
Nó da gravata já quase desfeita.
E decidiu que era tudo bobagem;
Porque essas coisas quem decide
É quem sente o a pedra no sapato.
Achou o caminho da saída fácil
Acendeu vitorioso seu cigarro
Vociferando pra si mesmo:
-Um dia também vou casar;
Mas eu mato o acaso
Se comigo for assim.
[Carlos Pablito é um cara difícil, o fácil que se dane].
quinta-feira, 6 de maio de 2010
sexta-feira, 30 de abril de 2010
domingo, 25 de abril de 2010
http://www.youtube.com/watch?v=xW1xrizvDZs
'i get along without you very well'
interpretada por chet baker.
I get along without you very well
Of course I do
Except when soft rains fall
And drip from leaves then I recall
The thrill of being sheltered in your arms
Of course I do
But I get along without you very well
I've forgotten you just like I should
Of course I have
Except to hear your name
Or someone's laugh that is the same
But I'v forgotten you like I should
What a guy, what a fool am I
To think my breaking heart could kid the moon
What's in store, should I phone once more
No it's best that I stick to my tune
I get along without you very well
Of course I do
Except perhaps in spring
But I should never think of spring
For that would surely break my heart in two
ouço e nada mais.
'i get along without you very well'
interpretada por chet baker.
I get along without you very well
Of course I do
Except when soft rains fall
And drip from leaves then I recall
The thrill of being sheltered in your arms
Of course I do
But I get along without you very well
I've forgotten you just like I should
Of course I have
Except to hear your name
Or someone's laugh that is the same
But I'v forgotten you like I should
What a guy, what a fool am I
To think my breaking heart could kid the moon
What's in store, should I phone once more
No it's best that I stick to my tune
I get along without you very well
Of course I do
Except perhaps in spring
But I should never think of spring
For that would surely break my heart in two
ouço e nada mais.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
lá não há monstros, nem fantasmas, aparições de convulso medo.
lá tampouco é toda essa escuridão de que tanto se fala.
lá, na solidão, o que há é imobilidade, tudo está ao redor
mas nada está propriamente vivo.
é não ter um igual a quem se remeta
um estranho a quem se recorra
uma mão que fortaleça.
disso a solidão está cheia.
lá tampouco é toda essa escuridão de que tanto se fala.
lá, na solidão, o que há é imobilidade, tudo está ao redor
mas nada está propriamente vivo.
é não ter um igual a quem se remeta
um estranho a quem se recorra
uma mão que fortaleça.
disso a solidão está cheia.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
sábado, 17 de abril de 2010
"Existem pessoas monocrônicas e policrônicas.
As primeiras só trabalham bem quando começam e acabam uma coisa por vez. Não conseguem ler ouvindo música, não conseguem interromper um romance para ler outro, senão perdem o fio da meada (...)
Os policrônicos são o contrário. Só trabalham bem quando conduzem várias atividades concomitantemente e, se se concentram numa delas, tornam-se opressos e entediados.
Os monocrônicos são mais metódicos, mas sua fantasia é às vezes limitada. Os policrônicos parecem mais criativos, nã raro se revelam atabalhoados e inconstantes.
Mas se formos analisar a biografia dos grandes homens, veremos que entre eles havia tanto monocrônicos quanto policrônicos"
Umberto Eco.
As primeiras só trabalham bem quando começam e acabam uma coisa por vez. Não conseguem ler ouvindo música, não conseguem interromper um romance para ler outro, senão perdem o fio da meada (...)
Os policrônicos são o contrário. Só trabalham bem quando conduzem várias atividades concomitantemente e, se se concentram numa delas, tornam-se opressos e entediados.
Os monocrônicos são mais metódicos, mas sua fantasia é às vezes limitada. Os policrônicos parecem mais criativos, nã raro se revelam atabalhoados e inconstantes.
Mas se formos analisar a biografia dos grandes homens, veremos que entre eles havia tanto monocrônicos quanto policrônicos"
Umberto Eco.
ouço você nas músicas
e, dessa forma, penso
como é bom deixar
a música nos conhecer.
nós, que tão pouco
nos conhecemos.
como é bom ouvir
uma canção nova
que parece velha
arrancada do peito
e feita canção madura.
e pensamos sem palavra:
como que me arrancaram
do peito essa canção
que eu nem sabia existir?
e, dessa forma, penso
como é bom deixar
a música nos conhecer.
nós, que tão pouco
nos conhecemos.
como é bom ouvir
uma canção nova
que parece velha
arrancada do peito
e feita canção madura.
e pensamos sem palavra:
como que me arrancaram
do peito essa canção
que eu nem sabia existir?
domingo, 11 de abril de 2010
sábado, 10 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
terça-feira, 6 de abril de 2010
cismei de procurar formas, jeitinhos de não me desesperar.
já diria peirce, mundo é aquilo que, independente de sua vontade ou inteligência, ainda está lá...e esse mundo tem se mostrado bastante confuso, escorregadio, ardiloso.
estou testando jeitos, tentando formas de encarar esse mundo. as coisas vem aos solavancos, aos tropeços, às bordoadas.
já me vi diversas vezes enfurecido quando as coisas não dão certo. e isso leva embora uma grande parcela de minha energia.
estou testando outra forma de abordar´as coisas. admito a tragédia, mas rio da comédia. e só assim as coisas se tornam possíveis, passíveis de serem vividas.
e é com esses bocados que me viro.
saudações universais.
já diria peirce, mundo é aquilo que, independente de sua vontade ou inteligência, ainda está lá...e esse mundo tem se mostrado bastante confuso, escorregadio, ardiloso.
estou testando jeitos, tentando formas de encarar esse mundo. as coisas vem aos solavancos, aos tropeços, às bordoadas.
já me vi diversas vezes enfurecido quando as coisas não dão certo. e isso leva embora uma grande parcela de minha energia.
estou testando outra forma de abordar´as coisas. admito a tragédia, mas rio da comédia. e só assim as coisas se tornam possíveis, passíveis de serem vividas.
e é com esses bocados que me viro.
saudações universais.
segunda-feira, 29 de março de 2010
a vida tem dessas, mas aprendi a ter cuidado
pois, pra alguns, o rabo é que balança o cachorro
é com esses bocados que me viro
é com esses tantos que toco o barco.
a vida tem dessas, mas aprendi a ter cuidado
pois, pra alguns, o vivo é que está morto
é com esses bocados que me viro
é com esses tantos que toco o barco.
a vida tem dessas, mas aprendi a ter cuidado,
quer saber? taquí ó!
saudações.
(o rabo balançar o cachorro é uma metáfora usada comumente na política pra expressar como é possível usar qualquer situação, especialmente aquela em que o sujeito encontra-se em profunda desvantagem, a seu favor através de uma inversão fajuta, inconsistente, mas dita de tal forma e com tal ênfase que temos por verídica, ou pior, temos por justa, um fato ou colocação que é puramente enganadora, pior, injusta.)
alguns filósofos tem por infundada a busca pela verdade, uma vez que ela está sempre em velo, desvelo, preferem então a busca pelo justo, posto que nem sempre a verdade é justa e injusta a mentira. Ambas podem ser usada em prol de um ideal democrático, a justiça está no gesto.
Certa vez Dilma Roussefl foi acusada de não ser confiável por ter mentido na época da ditadura, ao que ela respondeu que se tivesse dito a verdade hoje haveria muitos mais companheiros mortos pela repressão militar, e que em tempos de ditadura a té a mentira é bem vinda se tem atrás de si um gesto democrático.
É apenas um desabafo. Conheco muitas pessoas que só buscam a verdade e são cruéis e injustas. Falo de uma pessoa de carne e osso, mais osso que carne, diga-se de passagem, rs. Osso duro de roer.
Entre o justo e o verdadeiro, fecho no justo.
pois, pra alguns, o rabo é que balança o cachorro
é com esses bocados que me viro
é com esses tantos que toco o barco.
a vida tem dessas, mas aprendi a ter cuidado
pois, pra alguns, o vivo é que está morto
é com esses bocados que me viro
é com esses tantos que toco o barco.
a vida tem dessas, mas aprendi a ter cuidado,
quer saber? taquí ó!
saudações.
(o rabo balançar o cachorro é uma metáfora usada comumente na política pra expressar como é possível usar qualquer situação, especialmente aquela em que o sujeito encontra-se em profunda desvantagem, a seu favor através de uma inversão fajuta, inconsistente, mas dita de tal forma e com tal ênfase que temos por verídica, ou pior, temos por justa, um fato ou colocação que é puramente enganadora, pior, injusta.)
alguns filósofos tem por infundada a busca pela verdade, uma vez que ela está sempre em velo, desvelo, preferem então a busca pelo justo, posto que nem sempre a verdade é justa e injusta a mentira. Ambas podem ser usada em prol de um ideal democrático, a justiça está no gesto.
Certa vez Dilma Roussefl foi acusada de não ser confiável por ter mentido na época da ditadura, ao que ela respondeu que se tivesse dito a verdade hoje haveria muitos mais companheiros mortos pela repressão militar, e que em tempos de ditadura a té a mentira é bem vinda se tem atrás de si um gesto democrático.
É apenas um desabafo. Conheco muitas pessoas que só buscam a verdade e são cruéis e injustas. Falo de uma pessoa de carne e osso, mais osso que carne, diga-se de passagem, rs. Osso duro de roer.
Entre o justo e o verdadeiro, fecho no justo.
quarta-feira, 17 de março de 2010
oito meses ou oito anos
quase oito meses depois e volto a ler um livro que usei em meu pré-projeto do mestrado.
algo me soa curioso depois desse algum tempo:
eu havia sublinhado algumas palavras para buscar referências posteriores no dicionário. esse comum mesmo de mesa de estudante colegial. mas o fato é que, apesar de ter um bem ao meu lado, nunca fui atrás de tais referências.
passei oito meses sem esquecê-las, vez por outra pensava no seu sentido, mas não me dirigi ao dicionário.
hoje, relendo o mesmo livro em doses homeopáticas, procuro tais referências e anoto de lápis nos espaços em branco.
constituo assim uma pequena horda marginália [acabei de abrir o dicionário no intuito de verificar a correta ortografia e sentido de horda] que toma já algumas das páginas do livro.
a questão é que as palavras estavam sublinhadas, a necessidade de verificá-las não passou, o dicionário eu o trouxe na mala, não sei o porquê de não ter efetuado essa simples operação.
isso me induz a pensar que na maioria das vezes quase tudo está ali, à mão, e todo o resto do tempo que gastamos é no intento de alcançarmos uma intenção, um gesto todo interno que nos empurra sobre e avante.
mesmo se eu tivesse levado oito anos para rever essas tais palavras e verificar as referências, ainda assim teria valido a pena, de forma retroativa tudo teria feito sentido, e além.
o que interessa é o real motivo para se fazer algo, para abandonar a inércia, para esticar a mão e pegar um simples dicionário.
oito meses ou oito anos, importa, mas pouco.
abraços de um monkey man.
algo me soa curioso depois desse algum tempo:
eu havia sublinhado algumas palavras para buscar referências posteriores no dicionário. esse comum mesmo de mesa de estudante colegial. mas o fato é que, apesar de ter um bem ao meu lado, nunca fui atrás de tais referências.
passei oito meses sem esquecê-las, vez por outra pensava no seu sentido, mas não me dirigi ao dicionário.
hoje, relendo o mesmo livro em doses homeopáticas, procuro tais referências e anoto de lápis nos espaços em branco.
constituo assim uma pequena horda marginália [acabei de abrir o dicionário no intuito de verificar a correta ortografia e sentido de horda] que toma já algumas das páginas do livro.
a questão é que as palavras estavam sublinhadas, a necessidade de verificá-las não passou, o dicionário eu o trouxe na mala, não sei o porquê de não ter efetuado essa simples operação.
isso me induz a pensar que na maioria das vezes quase tudo está ali, à mão, e todo o resto do tempo que gastamos é no intento de alcançarmos uma intenção, um gesto todo interno que nos empurra sobre e avante.
mesmo se eu tivesse levado oito anos para rever essas tais palavras e verificar as referências, ainda assim teria valido a pena, de forma retroativa tudo teria feito sentido, e além.
o que interessa é o real motivo para se fazer algo, para abandonar a inércia, para esticar a mão e pegar um simples dicionário.
oito meses ou oito anos, importa, mas pouco.
abraços de um monkey man.
sexta-feira, 12 de março de 2010
As coisas se processam de forma muito simples na cabeça de Carlos Pablito.
Daí alguns dizerem horrores de sua 'estreiteza de pensamento'.
Não sabem pelo que Pablito já passou, mas a questão não é essa.
Pablito prefere a simplicidade de um lp com seus chiados em 78 rotações
À fina e refinada camada de um cd refletindo um dissabor dos diabos.
Feito um dândi mal apanhado, um gato no ar, cigarro aos tocos, fala pra si mesmo
-Calma, Pablito!
Daí alguns dizerem horrores de sua 'estreiteza de pensamento'.
Não sabem pelo que Pablito já passou, mas a questão não é essa.
Pablito prefere a simplicidade de um lp com seus chiados em 78 rotações
À fina e refinada camada de um cd refletindo um dissabor dos diabos.
Feito um dândi mal apanhado, um gato no ar, cigarro aos tocos, fala pra si mesmo
-Calma, Pablito!
quarta-feira, 10 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
sábado, 27 de fevereiro de 2010
mesmo quando fosse muito pouco,
ainda assim, mesmo reclamando
de alguma forma, você estaria feliz
mas dessa vez algo me faz suspeitar
dos seus suspiros tão irremediáveis
pois nada está tão fora de alvo
é você quem está em minhas mãos
ou minhas mãos que te envolvem?
pra tanta resposta, pouca pergunta
e nada desanina, só desalinha.
ainda assim, mesmo reclamando
de alguma forma, você estaria feliz
mas dessa vez algo me faz suspeitar
dos seus suspiros tão irremediáveis
pois nada está tão fora de alvo
é você quem está em minhas mãos
ou minhas mãos que te envolvem?
pra tanta resposta, pouca pergunta
e nada desanina, só desalinha.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
sábado, 30 de janeiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
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